Resumo : A auscultação cardíaca é uma parte importante do exame clinico de pré-participação desportiva . A morte súbita continua sendo um evento raro , mas trágico nos atletas . A causa mais comum de morte súbita entre os jovens atletas nos Estados Unidos continua a ser a cardiomiopatia hipertrófica , que pode ou não apresentar um sopro cardíaco típico . Muitos clínicos não possuem proficiência suficiente para reconhecer os sopros cardíacos anormais . Novos conhecimentos no campo da aprendizagem auditiva sugerem que a auscultação cardíaca é mais uma habilidade técnica do que intelectual . A repetição intensiva de sopros cardíacos anormais permitiu melhorar , acentuadamente , a proficiência da auscultação . No fim deste artigo são fornecidos os endereços on-line de ficheiros áudio de dois sopros importantes , inocente e cardiomiopatia hipertrófica .
Bibliografia
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A Clinical Guide to the Assessment and Treatment of Breathing Pattern Disorders in the Physically Active : Part 1
Resumo
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Dr . Filipe Cymbron 1 , Prof . Doutor André Moreira 2
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Interno de medicina desportiva . Médico da Federação Portuguesa de Surf ; 2 Faculdade de Medicina do Porto
Respirar é , no indivíduo normal , um processo inato mediado pelas respostas neuromusculares influenciadas pelo sistema nervoso autónomo ( SNA ) e central ( SNC ). O padrão respiratório pode ser afetado por outros aspetos , nomeadamente biomecânicos , bioquímicos , psicológicos , entre outros . Os transtornos do padrão respiratório ( TPR ) têm estado recentemente em destaque nas publicações internacionais de relevo da especialidade . São causa frequente de consulta médica no atleta que , de alguma forma , refere limitações ao seu rendimento não explicadas por condicionamento cardiovascular ou ventilatório . Por isso , a abordagem diagnóstica e o tratamento das síndromes de respiração disfuncional são um tema de relevo na área da medicina desportiva .
Este artigo que aqui apresentamos é um comentário clínico que reúne as opiniões de especialistas nesta área ( nível de evidência de opinião de perito ). Assim , o objetivo deste artigo , que se divide em duas publicações , é o de demonstrar a integração de uma avaliação dos TPR no exame de rotina músculo-esquelético , as suas classificações e tratamentos subsequentes . Os autores tentam estabelecer uma ligação causal entre estes transtornos e , mais especificamente , as queixas músculo-esqueléticas . Nesta primeira parte do artigo os autores começam por fazer uma breve descrição do que é um padrão respiratório funcional e a definição sumária de uma respiração dita “ normal ” ( respiração diafragmática ou abdominal ).
Na descrição metodológica apresentam as diferentes ferramentas propostas para a avaliação prática dos diferentes tipos de padrões respiratórios [ Hi Lo Breathing Assessment , Manual Assessment of Respiratory Motion ( MARM ) e palpação da caixa torácica ], a classificação por eles escolhida dos TPR e as ferramentas de avaliação de dor músculo-esquelética ou disfunção , que são preenchidas pelos participantes , tais como a Escala Numérica de Avaliação da Dor , o questionário de Nijmegen e a Disablement in the Physically Active Scale , utilizados para quantificar a eficácia das avaliações e das intervenções na diminuição da dor e na correção da disfunção .
A respiração é a base da alostase e do movimento funcional no corpo humano . Desempenha um papel essencial na postura e na estabilidade do tronco , sendo cuidadosamente regulada através do sistema nervoso central . Podemos facilmente compreender esta relação tão importante de interdependência através do próprio curso de maturação e desenvolvimento do SNC e da progressão da coordenação do padrão respiratório no lactente .
Os autores são da opinião que se a respiração não for normalizada nenhum outro padrão de movimento o poderá ser . Um atleta que apresente uma alteração do padrão respiratório normal ( respiração disfuncional ) durante o exercício físico poderá experienciar falta de ar prematura ou fadiga muscular que , em última análise , resulta na diminuição do seu desempenho .
Os autores defendem que , uma vez que os TPR não se tratam de doenças , mas sim de disfunções , uma abordagem funcional e biomecânica é fundamental na sua avaliação e resolução , pois na maioria dos casos não são sequer identificadas até que uma avaliação específica seja realizada . De facto , o tempo médio de atraso no diagnóstico , ou
4 Março 2017 www . revdesportiva . pt