Revista de Medicina Desportiva Informa Março 2016 | Page 8

Atualidade Rev. Medicina Desportiva informa, 2016, 7 (2), pp. 6–7 SPECIAL COMMUNICATIONS Roundtable Consensus Statement Updating ACSM's Recommendations for Exercise Preparticipation Health Screening DEBORAH RIEBE1, BARRY A. FRANKLIN2, PAUL D. THOMPSON3, CAROL EWING GARBER4, GEOFFREY P. WHITFIELD5, MEIR MAGAL6, and LINDA S. PESCATELLO7 1 Department of Kinesiology, University of Rhode Island, Kingston, RI; 2Department of Preventive Cardilogy, Beaumont Health Center, Royal Oak, MI; 3Department of Cardiology, Hartford Hospital, Hartford, CT; 4Teachers College Columbia University New York, NY; 5No affiliation; 6Division of Mathmatics and Sciences, North Carolina Welleyan College, Rocky Mount, NC; and 7Department of Kinesiology, University of Connecticut, Storrs, CT ABSTRACT RIEBE, D., B. A. FRANKLIN, P. D. THOMPSON, C. E. GARBER, G. P. WHITFIELD, M. MAGAL, and L. S. PESCATELLO. Updating ACSM's Recommendations for Exercise Preparticipation Health Screening. Med SCI. Sports Exerc., Vol. 47, No. 8 pp. 2473–2479 2015. The Purpose of American College of Sports Medicine's (ACSM) exercise preparticipation health screening process is to Em junho de 2014 o Colégio Americano de Medicina Desportiva (ACSM) promoveu uma reunião para a elaboração de um consenso sobre o exame de aptidão médico-desportiva para a pessoa que quer fazer exercício físico. Neste encontro concentraram-se especialistas de várias áreas, nomeadamente de avaliação de riscos, cardiologia preventiva, cardiologia geral, saúde pública, fisiologia do esforço, geriatria e outros agentes associados ao exercício físico. No texto introdutório referem a importância da prática regular de atividade física e de exercício físico estruturado como veículo para a aquisição de benefícios para a saúde, referindo-se a diminuição do risco de doença cardiovascular (DCV), de diabetes mellitus tipo 2, cancro e mortalidade por várias causas. O paradoxo, contudo, é que apesar destes benefícios comprovados, existe muita, mas muita gente que continua a praticar inatividade física, considerada até uma pandemia, a qual é por si só um dos quatro contribuintes principais para a mortalidade prematura. Entretanto, os autores discutem a possibilidade de o exame médico pré-participação ser, só por si, uma barreira ao envolvimento do exercício físico, já que obriga a ida ao médico e, em algumas situações, à realização de exames complementares de diagnóstico decorrentes de 6 ·Março 2016 www.revdesportiva.pt dúvidas emergidas no exame médico acabado de realizar. Depois, a possibilidade de ocorrência de testes falso-positivos obriga à realização de mais exames, os quais posteriormente se revelam desnecessários, mas só depois de muito consumo de tempo e de recursos financeiros, sempre realizados sob um teto de alguma apreensão e muita ansiedade. E tudo isto ocorre num contexto em que o risco de prática de exercício físico de intensidade elevada é pequeno, mas mensurável, pelo que importa eliminar o risco nos sujeitos mais vulneráveis. Ainda na Introdução os autores fazem referência às Recomendações anteriores do ACSM sobre o exame médico de pré-participação, publicadas em 2011. Dizia-se que as pessoas com risco moderado para DCV (assintomática com dois ou mais fatores de risco) deviam submeter-se a exame médico antes de iniciarem um programa de exercício físico intenso, referido com a intensidade superior a 60% do consumo de oxigénio de reserva ou da frequência cardíaca de reserva, ou superior a 6 METS (equivalentes metabólicos). Já as pessoas com risco elevado (sintomáticas ou doença cardiovascular, pulmonar, renal ou metabólica conhecida), para além do exame médico, deviam fazer uma prova de esforço diagnóstica se pretendiam iniciar um programa de intensidade moderada ou intensa. Estas novas Recomendações, as de 2015, têm como objetivo, naturalmente, diminuir a probabilidade dos sujeitos considerados em risco de serem vítimas de um acidente cardiovascular (CV), a morte súbita de causa cardíaca (MSC) e/ou o enfarte agudo do miocárdio (EAM). Contudo, “apesar o risco de um evento CV estar transitoriamente elevado durante a prática de exercício físico moderado a intenso em relação à condição de repouso, especialmente nos sujeitos habitualmente sedentários … que se envolvem em exer