Revista de Medicina Desportiva Informa Março 2012 | Page 27

Ao contrário do que acontece com o vestuário que elimina a sudação e deixa a pele seca, a tese defende que esse suor é necessário para arrefecer a pele. Os investigadores desenvolveram o conceito para aplicação em vestuário, que consiste em deixar que o suor saia do corpo, que liberte o calor para o meio ambiente e que regresse depois ao contacto com a superfície corporal já com temperatura mais baixa. Esta reciclagem da água (suor) permite baixar a temperatura corporal, evitar o stress térmico e prevenir a desidratação. Este conceito está materializado pela empresa X-bionic, com base em vestuário de malha bem justo ao corpo, constituído por microcanais que permitem o transporte do suor. A figura, adaptada da Sportscience7, ilustra o processo de arrefecimento corporal. O conceito da X-bionic baseia-se também no estudo dos sistemas biológicos (biónica), sendo que neste caso inspiraram-se nas orelhas da raposa do deserto (vulpes zerda) que são extremamente longas e desenvolvidas para dissipar o calor. Conclusão O vestuário de proteção eficaz deve permitir que as funções corporais se estabeleçam, protegendo o corpo do meio ambiente, promovendo ainda um microclima entre o corpo e o ambiente externo. O vestuário de desporto tem que lidar com grandes quantidades de suor que se libertam e, neste domínio, o vestuário de malha é o mais eficaz. Conseguem-se bons resultados quando há combinação de fibras naturais com fibras sintéticas, respetivamente para a absorção da sudação e sua sucção e a libertação para o exterior. Por outro lado, existem diversos materiais à base de membranas e de polímeros inteligentes que também são utilizados nos equipamentos. Especial atenção deve ser dada à radiação infravermelha (IV) que é refletida pela superfície dos têxteis. Com cores escuras, por exemplo, a radiação IV é absorvida pelo tecido e, por isso, existe maior sensação de calor. Estes fatores influenciam o stress térmico que é uma preocupação da engenharia biomecânica, da engenharia biotérmica, mas também tem sido estudado pela engenharia têxtil. CONGRESSO Bibliografia 1. O’Mahony, M., Braddock, S.E., (2002), Sportstech, Revolutionary Fabrics, Fashion & Design, Thames & Hudson Inc., 500 Fift Avenue, New York, New York 10110. 2. Hatch K L, Osterwalder U., (2006), Garments as solar ultraviolet radiation screening materials, Dermatol Clin 24 (2006) 85 – 100. 3. http://www.schoeller-textiles.com/en/technologies/coldblack.html 4. Vimieiro-Gomes, A., Rodrigues, L., (2001), Avaliação do estado de hidratação dos atletas, estresse térmico do ambiente e custo calórico do exercício durante sessões de treinamento em voleibol de alto nível, Rev. Paul. Educ. Fís., São Paulo, 15(2): 201-11, jul./dez. 2001. 5. Li, X., Dai, X-Q. (ed.): Biomechanical Engineering of textiles and clothing, Woodhead Publishing Limited, Abington Hall, Abington Cambridge CB1 6AH, England, 2006, pp. 1-17. 6. Raheel, M. (ed.): Protective Clothing Systems and Materials, Marcel Dekker, Inc., 270 Madison Avenue, New York, NY 10016, USA, 1994, pp. 137-171. 7. http://www.sportscience-laboratories.com “Muitos estudos demonstraram que fazer refeições em família e ter outros aspetos estruturais da refeição, incluindo jantar com outras pessoas, está significativamente associado com uma dieta nutricionalmente mais adequada, com maior ingestão de fruta, vegetais, grãos e alimentos ricos em cálcio. Pelo contrário, a investigação revelou que comer comida preparada fora de casa e comer a correr está relacionado com uma dieta pobre, com maiores ingestões de gordura total e saturada.” “Cozinhar com temperaturas elevadas os alimentos com muito amido, como o pão, cereais, batatas e biscoitos forma naturalmente um composto chamado acrilamida, o qual tem sido relacionado com efeitos adversos na saúde animal (alteração do ADN e cancro).” EUFIC European Food Information C ouncil 2 a 5 de Maio de 2012 Genebra – Suiça ESTRUTURA DO PROGRAMA CIENTÍFICO • Conferencistas convidados: Freddie Fu (USA), Tim Hewett (USA), Pierre Chambat (France), John Feagin (USA), Jean-Noël Argenson (France) e Johnny Huard (USA) • Sessões de “Comunicações Livres” e de apresentação de “Pósteres” • Apresentações curtas dos melhores pósteres • Sessão com os 5 melhores trabalhos (entre 300) • Curso de revisão exaustiva de Medicina Desportiva Ortopédica • Sessão de prémios de mérito Porto Award “Innovation in Arthroscopy” Theo Van Rens Best Paper Award ESSKA Basic Scientist Travel Grant Best Alwin Jäger Video Award for Best Paper in Ligament and Biomechanics The Nicola’s Foundation Young Researcher Award (< 40y) • 35 simpósios • 20 sessões temáticas • 18 cursos de instrução • Sessões de resposta rápida • Sessões interativas e minibatalhas • Programa de reabilitação – terapeutas (3 dias) • Programa para enfermeiros (um dia) • Eleição do novo Presidente da ESSKA – Prof. Dr. J. Espregueira Mendes http://www.esska-congress.org/ [email protected] N.º 79 – Out/ Nov 2011 Revista de Medicina Desportiva informa Março 2012 · 25