Revista de Medicina Desportiva Informa Maio 2019 | Page 26
Outcome of exercise-related
out-of-hospital cardiac arrest is
dependent on location: sports
arenas vs outside of arenas.
Frisk Torell M, Strömsöe A,
Herlitz J, Claesson A, Svensson
L, Börjesson M. 2019; PLoS ONE
14(2): e0211723.
Figura 1 - Ecocardiografia transtorácica com estudo Doppler no plano apical de um
coração com MNCVE. Imagem original de USCD Medical Center, Sulpizio Cardiovascular
Center.
Figura 2 - Ecocardiografia transtorácica com estudo Doppler no plano paraestrenal
transversal de um atleta de alta competição com o coração hipertrabeculado. 12
Os autores negam qualquer conflito de
interesse.
Contato: [email protected]
Bibliografia
1. Gati, S., et al. Increased left ventricular trabe-
culation in highly trained athletes: do we need
more stringent criteria for the diagnosis of left
ventricular non-compaction in athletes? Heart,
2013; 99(6):401-8.
2. Pelliccia, A., et al. Recommendations for par-
ticipation in competitive and leisure time sport
in athletes with cardiomyopathies, myocarditis,
24 maio 2019 www.revdesportiva.pt
and pericarditis: position statement of the Sport
Cardiology Section of the European Association
of Preventive Cardiology (EAPC). Eur Heart J,
2019; 40(1):19-33.
3. Caselli, S., et al. Left Ventricular Noncompac-
tion Diagnosis and Management Relevant to
Pre-participation Screening of Athletes. Am J
Cardiol, 2015; 116(5):801-8.
4. D’Ascenzi, F., et al. Exercise-induced left-
-ventricular hypertrabeculation in athlete’s
heart. Int J Cardiol, 2015; 181:320-2.
5. Ikeda, U., M. Minamisawa, and J. Koyama.
Isolated left ventricular non-compaction
cardiomyopathy in adults. J Cardiol, 2015;
65(2):91-7.
6. Jenni, R., et al. Echocardiographic and
pathoanatomical characteristics of isolated left
ventricular non-compaction: a step towards
classification as a distinct cardiomyopathy.
Heart, 2001; 86(6):666-71.
7. Chin, T.K., et al. Isolated noncompaction of left
ventricular myocardium. A study of eight cases.
Circulation, 1990; 82(2):507-13.
8. Stollberger, C., et al. Refinement of echocardio-
graphic criteria for left ventricular noncompac-
tion. Int J Cardiol, 2013; 165(3):463-7.
9. Coris, E.E., et al. Left Ventricular Non-Compac-
tion in Athletes: To Play or Not to Play. Sports
Med, 2016; 46(9):1249-59.
10. Mavrogeni, S.I., et al. Sudden cardiac death
in athletes and the value of cardiovascular
magnetic resonance. Eur J Clin Invest, 2018;
48(7):e12955.
11. Sweeting, J. and C. Semsarian. Sudden Car-
diac Death in Athletes. Heart Lung Circ, 2018;
27(9):1072-1077.
A prática regular de exercício físico
é considerada um fator de promo-
ção de saúde e de diminuição da
morbilidade e da mortalidade.
Contudo, não é desprovida de
efeitos negativos, especialmente se
não for praticada com regras. A
morte súbita (MS) é o evento mais
dramático que pode acontecer e
será tanto mais provável quanto
menos preparado o sujeito estiver e
maior a intensidade do exercício
físico. O exame médico-desportivo
tem sido eficaz na sua prevenção,
mas não tem ainda capacidade
para evitar toadas as MS. Importa,
então, atuar a jusante, ou seja, estar
preparado para atuar aquando da
sua ocorrência. De acordo com os
autores do estudo, a possibilidade
de sobrevivência é maior se a MS
fora do hospital (MSFH) ocorrer em
relação com o exercício físico, tendo
melhor prognóstico, pela maior
probabilidade de existir alguém
naquele recinto apto para atuar e
de existir o desfibrilador automá-
tico externo (DAE). O estudo
ocorreu entre 2011 e 2014 em 10
distritos suecos (6 milhões de
pessoas), ocorreram 3714 MSFH,
das quais 268 (7%), relacionadas
com o exercício físico, e destas 164
ocorreram num recinto desportivo.
A taxa de sobrevivência aos 30 dias
foi superior no recinto desportivo
em comparação com as do exterior
(55.7% vs 30.0%, p<0.0001), eram
mais jovens (57.6±16.3 anos vs.
60.9±17.0, p=0.05) e com maior
frequência de ritmo desfibrilhável,
receberam apoio especializado
(90.0% vs 56.8%, p<0.0001) e
beneficiaram mais do DAE antes da
chegada da emergência médica. Os
autores concluíram que os resulta-
dos “apoiam o maior uso dos DAEs
e a implementação de planos
médicos de emergência para
eventualmente aumentar a
sobrevivência nos casos e MSFH”.