Revista de Medicina Desportiva Informa Maio 2017 | Page 32

Avançando
inferiores a 25 graus nos pacientes sem maturidade esquelética e nas inferiores a 40-50 graus nos com maturidade esquelética . 4 O tratamento com colete dorsolombostato e fisioterapia ( com foco na flexibilidade da coluna vertebral e estabilização central ) está indicado nos indivíduos esqueleticamente imaturos com escolioses com curvas entre 25-30 e 45 graus ou com progressão superior a 5 graus em intervalos de seis meses , sendo o seu objetivo , não o de corrigir a deformidade , mas de prevenir a sua progressão na coluna em crescimento até se atingir a maturidade esquelética . 4 , 16 Nas escolioses superiores a 45-50 graus e naquelas que progridem após a maturação esquelética poderá estar indicada intervenção cirúrgica , com manipulação e redução possível da deformidade , seguida de fixação instrumentada . 4
Os objetivos do tratamento cirúrgico são
• parar a progressão da curva
• prevenir potenciais problemas cardiopulmonares típicos das curvas acentuadas
• procurar garantir uma coluna vertebral equilibrada e funcionalmente móvel abaixo e acima dos segmentos artrodesados . 4 Por sua vez , perante uma curvatura cifótica de Scheurmann inferior a 50 graus está indicada apenas a vigilância da sua evolução , na medida em que esta não progride após maturação esquelética . As cifoses entre os 50 e 70 graus têm indicação para uso de colete e fisioterapia , enquanto as superiores a 70 graus podem ter indicação para correção cirúrgica . 4 , 8
O interesse na modulação do crescimento da coluna vertebral levou à sugestão de técnicas cirúrgicas que não requerem fixação vertebral , tendo vantagens teóricas por permitirem preservar o crescimento , a mobilidade e a funcionalidade da coluna vertebral . Através da aplicação de cordas ou grampos flexíveis entre os corpos vertebrais no lado convexo da curva , realiza- -se uma hemiepifisiodese que , em teoria , permite diminuir o crescimento da coluna nesse lado e que o lado côncavo livre cresça e compense , diminuindo e / ou corrigindo a deformidade . Apesar disto , estas técnicas são ainda pouco utilizadas , sendo necessários mais estudos para comprovar a sua eficácia . 17-22
Artigo continua na próxima edição da revista com a Parte 2 .
Nota : Os autores declaram não existir qualquer conflito de interesses .
Correspondência para : Diogo Moura Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra dflmoura @ gmail . com
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