Revista de Medicina Desportiva Informa Maio 2016 | Page 31

for superior à idade (em anos) aumenta o risco de lesão • Especialização precoce e risco de lesão: o adolescente deve ter várias atividades físicas • Conflito femoro acetabular: RTP em 4-5 meses e 88% voltam ao nível pré-cirúrgico • Os níveis de força devem ser avaliados no final da época para que os eventuais défices sejam corrigidos nas férias e o jogador esteja pronto na pré-época • Se subestimarmos o tempo de duração da lesão (paragem desportiva), colocamos pressão na equipa médica; se sobrestimarmos, e a lesão recuperar em menos tempo, perdemos a confiança do jogador e do treinador • RTP: critérios ou tempo? • No jogador de futebol, as fraturas do 5.º metatarsiano tipo 2 e 3 têm sempre indicação cirúrgica • Entregamos o jogador pronto para treinar e ficar em forma ou Os dois pósteres Alguns médicos da "equipa portuguesa" Os Profs António Dias e Carlos Pacheco entregamos em forma pronto para jogar (fit to train or fit top play)? • A lesão no jovem júnior é um fator de risco de lesão mais tarde no jogador sénior • As pessoas mais difíceis com quem lidar são os jovens médicos e os jovens fisioterapeutas… e também os pais. Houve preocupação com algumas temáticas emergentes, nomeadamente com a concussão cerebral. E contou-se que, em certo jogo, um médico disse ao treinador de um jogador acabado de ter uma concussão cerebral: “Chefe, … ele não sabe quem é …”, ao que o treinador respondeu: “Diz-lhe que é *nome* e envio-o de volta para o jogo!”. Felizmente que este paradigma está a mudar e o Dr. J. Dvorak, médico chefe da FIFA, enunciou as novas regras que todos, incluindo árbitros, devem respeitar aquando da suspeita de uma concussão cerebral (paragem do jogo durante três minutos e entrada em campo do médico mesmo sem autorização prévia do árbitro: que evolução!). E anunciou também a existência do “FIFA 11+ para treinadores – Recomendações para a saúde nas equipas de futebol”, das quais se destacam a 1.ª: “Respeita a tua equipa médica, compreendam-se um ao outro e comuniquem com consistência” e a última, a nº 11: “Sê justo e aberto às alterações e evolução da ciência e da Durante uma sessão medicina do futebol”. Muito importante foi o anúncio da criação do Diploma for Football, um programa de formação online, constituído por 42 módulos, realizáveis de modo independente e de acordo com as disponibilidades individuais. Nas palestras houve ainda tempo para momentos de descontração. Numa delas, o palestrante citou um anterior Presidente britânico (Edward Stanley): “Aqueles que não têm tempo para o exercício físico, mais tarde ou mais cedo terão de encontrar tempo para a doença”, conceito que não está totalmente de acordo com o pensar de outro Presidente, Winston Churchill, que justificou a sua longa longevidade com o facto de não fazer exercício físico. O último dia foi dedicado ao jovem jogador: “Youth development: an investment for the future”. Foi muito interessante ver a partilha de experiências em vários países, em vários clubes. Como nos dias anteriores, não houve grande preocupação em apresentar as conclusões de estudos científicos, que muitas vezes apenas interessam ao universitário, mas sim mostrar, sob a forma de slide ou de vídeo, o que se vai fazendo em cada clube, em cada federação nacional. De grande qualidade foi a entrevista de 30 minutos feita de modo informal ao atual treinador e ex-futebolista de grande nível, Ronald Koeman. Valeu a pena ouvi-lo (ver peça á parte). Paralelamente às sessões científicas, distribuídas pelos seis pisos do edifício, houve oportunidade de ver a nova tecnologia de apoio ao tratamento e reabilitação do jogador. Há muito equipamento inovador que é de gr