Revista de Medicina Desportiva Informa Maio 2016 | Page 21

Figura 2 – Imagens de TAC que revelou uma extensa fratura avulsão metáfiso-epifisária proximal e anterior da tíbia, acometendo a inserção distal do tendão rotuliano e com componente articular, podendo corresponder a uma fratura-avulsão tipo III em uma doença de Osgood-Schlatter. Sinais de hemartrose de pequeno volume. Figura 4 – Imagens radiológicas intraoperatórias do joelho acometido, face e perfil, que demonstram a osteossíntese da fratura com dois parafusos canulados. sem necessidade de medicação analgésica (Figuras 7 e 8). Reiniciou a prática desportiva aos 5 meses de pós-operatório, não apresentando queixas ou limitações. Após 6 meses de seguimento, o paciente apresenta-se sem queixas ou limitações da mobilidade dos joelhos bilateralmente e retomou o nível de atividade prévio à lesão. De referir que não surgiu nenhuma das complicações associadas ao tratamento destas fraturas (Tabela 1)6-8. Discussão Figura 3 – Imagens intraoperatórias que demonstram o arrancamento do tendão e a osteossíntese da fratura com 2 parafusos canulados de pequenos fragmentos. Figura 5 – Imagens do 2.º dia pós-operatório do joelho acometido, com imobilização do membro inferior com tala de Depuy. cerca de 1 mês (Figura 5), período após o qual o paciente iniciou fisioterapia (Figura 6). No segundo mês do pós-operatório iniciou queixas dolorosas no joelho contralateral relacionadas à TAT, com melhoria após 1 mês de tratamento conservador. Aos 3 meses de seguimento, o paciente apresentava-se sem limitações da mobilidade do joelho esquerdo, mas mantendo atrofia muscular quadricipital, derrame de médio volume e gonalgia ligeira, A literatura consultada demonstra uma preponderância da fratura avulsão da TAT em adolescentes do sexo masculino no joelho não dominante e atesta uma relação com a prática desportiva9-14. O paciente apresentado é um atleta de futebol amador destro, com 15 anos de idade, o que está de acordo com a média de idade relatada na bibliografia existente e adequando-se assim aos dados epidemiológicos, etiopatogénicos e clínicos descritos. Várias investigações correlacionam este tipo de fraturas com a Revista de Medicina Desportiva informa Maio 2016 · 19