Revista de Medicina Desportiva Informa Maio 2012 | Page 27
orientadoras europeias e americanas
referenciadas, para o desenho de um
programa de treino de força, devem
definir-se, de forma individualizada,
alguns parâmetros, tais como a
intensidade, a frequência e a duração.
A intensidade do exercício é uma
das variáveis chave que possibilita
o verdadeiro efeito fisiológico do
treino17. Desta forma, a avaliação
da capacidade máxima de força do
indivíduo dar-nos-á a ferramenta
base para elaborar de forma precisa
programas de exercício resistido que
estejam de acordo com as capacidades do doente e com os objetivos
a alcançar. A duração é de 8 a 12
semanas, com frequência igual a 2 a
3 vezes por semana, com uma média
de 5 exercícios por sessão, realizados
para os grandes grupos musculares
dos membros superiores, membros
inferiores e do tronco. A maioria das
sessões de treino compreende 1 a
3 séries de 8 a 12 repetições para
cada grupo muscular, com cargas
compreendidas entre 50 a 85% de
1RM. Entre cada série deve haver
um período de repouso de 2 a 3
minutos38–49. O treino resistido deve
obedecer ao princípio da progressão
da carga, para que o princípio da
sobrecarga se mantenha e se verifique efeito do treino.
Existem várias formas para treinar
a força muscular. As mais utilizadas
são as que recorrem aos pesos livres,
às máquinas de pesos, às resistências elásticas, ao peso corporal
(calistenia) ou, nos casos de maior
severidade de fraqueza muscular, às
resistências manuais.(42,45,49,53) Tendo
em conta a complexidade dos doentes com doença respiratória crónica,
a monitorização de variáveis fisiológicas, como a frequência cardíaca, a
pressão arterial e a saturação periférica de oxigénio, torna-se de extrema
importância durante o treino. A
vigilância da sensação de dispneia é
igualmente importante e faz-se através da Escala modificada de Borg, não
devendo ser superior ao grau 4-5/10
(forte) durante o treino.(45,54)
A adesão ao treino após o
programa
Os programas de reabilitação respiratória ensinam os participantes
a exercitarem-se com o objetivo de
retardar o declínio precoce da capacidade funcional decorrente da doença
respiratória crónica. Desta forma,
um dos grandes desafios assenta na
criação de condições que permitam
dar continuidade de forma sustentável ao treino na fase posterior ao
programa.(14,17) Uma possível barreira
para a continuação do treino de força
iniciado em contexto de programa
é a dificuldade no acesso a equipamento. Na maioria dos centros de
reabilitação a utilização preferencial
de máquinas de pesos pode impedir
os participantes de continuarem com
o treino após cessação do programa.
Assim, a transição para outros equipamentos, tais como pesos livres,
bandas elásticas ou exercícios calisténicos na fase final do programa,
podem fornecer um meio simples,
barato e prático, pelo qual os programas de treino de força podem ser
mantidos em contexto domiciliário,
possibilitando a manutenção de uma
vida fisicamente ativa e o mais autónoma possível.(10,14,53)
Na Dor Do Dia
a Dia, ZalDiar® EFE*
Conclusão
A reabilitação do doente com DPOC
pelo exercício físico, e mais especificamente pelo treino de força,
é um componente importante da
terapêutica sobre o doente muscularmente limitado e fragilizado com
a disfunção muscular importante e
por ela fragilizado. A prescrição do
treino (modo, intensidade, frequência, duração) faz parte da receita. A
particularidade destes doentes pode
exigir a monitorização de parâmetros vitais durante o programa
inicial e, ao mesmo tempo, devem
ser garantidas condições para que
a adesão ao treino físico (de força)
perdure na vida destes doentes.
Bibliografia
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Comprimidos
Efervescentes
1. Nici, L., et al. ATS / ERS Statement on Pulmonary Rehabilitation. Am J Respir Crit Care
Med. 2006: 173, pp. 1390-1413.
2. Ries, A., et al. Pulmonary Rehabilitation Joint
ACCP / AACVPR Evidence-Based Clinical Practice Guidelines. Chest. 2007: 131, pp. 4S-42S.
* Indicado para o tratamento sintomático
da dor moderada a intensa.
Restante bibliografia no site www.revdesportiva.pt/
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Revista de
Medicina Desportiva1 informa Maio07/05/12
2012 · 25 15:51
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