Revista de Medicina Desportiva Informa Julho 2019 | Page 7
meta-análise publicada em abril
de 2019 constatou uma associação
consistente entre o uso de TP e um
menor valor de IMC. Assim sendo,
estimular o “uso de TP poderá ser
uma especialmente efetiva abor-
dagem para aumentar a atividade
física entre os membros menos
ativos da sociedade”, algumas das
vezes com poucos recursos para “os
ginásios” e outras, muitas vezes com
o argumento da indisponibilidade
de tempo para a prática e atividade
física. Ref. Richard Patterson et al.
Associations of Public Transpor-
tation Use with Cardiometabolic
Health: A Systematic Review and
Meta-Analysis. American Journal of
Epidemiology, Abril 2019; 188(4):785-
795.
Integrado na 2ª edição do docu-
mento Physical Activity Guidelines for
Americans, suportado pela revisão
científica, publicado com o objetivo
de “promover estilos de vida mais
ativos, mais saudáveis para os indiví-
duos e comunidades”, encontra-se o
capítulo da atividade física (AF) para
prevenir e tratar a hipertensão arte-
rial (HA), que resultou da revisão sis-
temática de artigos publicados entre
2006 e 2018. Os autores encontraram
17 meta-análises e uma revisão não
sistemática, que no total envolveu
594 129 adultos, de idade superior a
18 anos. Encontraram várias fortes
evidências: relação dose-resposta
inversa entre AF e a incidência de
HÁ em adultos com a pressão arte-
rial (PA) normal; a AF reduz o risco
de doença cardiovascular entre os
sujeitos hipertensos; a AP reduz a PA
nos adultos com PA normal, com pré
ou já com hipertensão; a magnitude
da redução da PA causada pela AF é
maior nos hipertensos que nos com
PA normal. Contudo, os autores real-
çam que deve haver mais investiga-
ção científica para averiguar de que
modo a frequência, a intensidade, a
duração, o tempo da AF influencia
a PA. Mas, para já, fica a conclusão
de que a AF é também um medi-
camento para tratar (e prevenir) a
hipertensão arterial. Fica o recado.
SWEET-FOOTBALL: programa
de exercício baseado no walking
football para pessoas com diabetes
tipo 2
O futebol recreativo tem sido usado
como forma de tratamento para
diversas doenças crónicas, como a
diabetes tipo 2. Sendo a atividade
física um elemento basilar no trata-
mento desta patologia, e tendo em
conta a relação afetiva da população
portuguesa com o futebol, nasceu
a ideia de testar a aplicabilidade e
a segurança do walking football em
indivíduos de meia-idade e ido-
sos com diabetes tipo 2. O projeto
SWEET-FOOTBALL resulta de uma
parceria entre o Instituto de Saúde
Pública da Universidade do Porto, a
Federação Portuguesa de Futebol e o
Agrupamento de Centros de Saúde
do Porto Oriental. Os participan-
tes praticaram walking football 3
vezes por semana, com treinos de
60 minutos, durante 12 semanas.
Este programa foi orientado por um
treinador de futebol, com o apoio de
enfermeiro e de fisiologista do exer-
cício. Os resultados revelaram níveis
elevados de adesão e divertimento.
Foram registados muito poucos
eventos adversos com necessidade
de observação médica e nenhum
deles teve consequências graves
para os participantes. Este estratégia
de exercício aponta para um poten-
cial de implementação a nível nacio-
nal, com envolvimento de clubes
de futebol e instituições de saúde e
assim contribuir para o controlo da
diabetes tipo 2 – um dos principais
problemas e saúde pública do nosso
país. Dr. Romeu Mendes
16.º Curso de Pós-Graduação
em Medicina Desportiva
Direção do Curso:
Prof.ª Doutora Maria João Cascais
Prof. Doutor Ovídio Costa
Destinatários:
Licenciados em Medicina /
Mestrado Integrado em Medicina
(Portugal, Brasil e PALOP)
Programa Geral:
• Bioenergética
• Fisiologia do exercício
• Cardiologia desportiva
• Pneumologia e imunoalergologia
• Clinica medica no exercício e
desporto
• Anatomia funcional &
traumatologia
• Reabilitação desportiva
• Prevenção de lesões
• Nutrição
• Psicologia desportiva
• Exame medico desportivo
• Farmacologia e doping
• Populações especiais e exercício
em condições extremas
• Prescrição de exercício
Duração:
Outubro de 2019 a Julho de 2020,
sábados, das 9h às 13h e 14h às 18h
Regime de frequência:
Presencial ou Videoconferência em
direto ou diferido
Candidaturas:
Em www.spmd.pt até 15 de
Setembro de 2019.
O número de vagas é limitado.
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