Revista de Medicina Desportiva Informa Julho 2019 | Page 33
das companhias. 3 Nenhuma agên-
cia aconselhava especificamente os
clientes relativamente às lesões de
sucção ou à necessidade de verifica-
rem se os sistemas de drenagem das
piscinas estão cobertos antes do seu
uso. Sete das companhias tinham
verificações de segurança das pisci-
nas que incluíam assegurar que os
sistemas de drenagem estão cober-
tos. Duas das 24 companhias testa-
vam a dificuldade de remoção das
coberturas dos sistemas de sucção,
enquanto apenas cinco agências têm
em conta o desligar da força de aspi-
ração em situação de emergência. No
entanto, em quatro destas últimas
cinco agências, o botão de desligar a
força de aspiração está na sala das
máquinas que se encontra habitual-
mente trancada, e em apenas uma o
botão está ao nível da piscina acessí-
vel aos seus utilizadores. 3
Conclusão
É fundamental conhecer o espetro
de lesões associadas aos sistemas
de aspiração das piscinas de modo
a poder alertar a população geral
e assim estimular a conscienciali-
zação da importância da proteção
adequada destes sistemas com o
objetivo de poder contribuir para a
prevenção de um conjunto de lesões
que podem ser graves e mesmo
fatais.
Os autores declaram ausência de conflito
de interesses
Correspondência
Dr.ª Joana Pinheiro Torres, USF Pulsar,
Centro de Saúde Norton de Matos, Coim-
bra, [email protected]
Bibliografia
1. Skach J, Kasák P, Srám J. Swimming pool
suction injury: etiology, prophylaxis and mana-
gement. Rozhl Chir. 2015 Jan; 94(1):34-8.
2. Shin AY, Chambers H, Wilkins KE, Bucknell
A. Suction injuries in children leading to acute
compartment syndrome of the interosseous
muscles of the hand: case reports. J Hand Surg
Am. 1996 Jul; 21(4):675-8.
3. Davison A, Puntis JW. Awareness of swim-
ming pool suction injury among tour operators.
Arch Dis Child. 2003 Jul; 88(7):584-6.
4. Gomez-Juarez M, Casclaes P, Garcia-Olmo D,
et al. Complete evisceration of the small intestine
through a perianal wound as a result of suction
at a wading pool. J Trauma 2001; 51:398-9.
Restante Bibliografia em:
www.revdesportiva.pt (A Revista Online)
Continuação da página 27
atletas da categoria de 60 kg de
competirem no levantamento de
pesos com mulheres atletas de 55
kg? Pode ser uma questão de jus-
tiça desportiva e significado para o
desporto feminino.
Muita controvérsia persiste sobre
o caso Semenya e outros idênticos
de diferenciação/doença do
desenvolvimento sexual ao longo
da história do desporto de alta
competição, tal como acontece no
meio cientifico em geral.
Bibliografia
1. Hirschberg AL1. Hyperandrogenism in
Female Athletes. J Clin Endocrinol Metab.
2019 Feb 1;104(2):503-505. doi: 10.1210/
jc.2018-01676.
2. Chan YM, Levitsky L. Evaluation of the
infant with atypical genitalia (disorder of
sex development). UpToDate, May 2019.
https://www.uptodate.com/contents/
evaluation-of-the-infant-with-atypical-
-genitalia-disorder-of-sex-development.
3. Chan YM, Levitsky L. Causes of disorders of
sex development. UpToDate, May 2019.
4. Clark RV, et al. Large divergence in tes-
tosterone concentrations between men and
women: Frame of reference for elite athletes
in sex-specific competition in sports, a narra-
tive review. Clin Endocrinol (Oxf). 2019 Jan;
90(1):15-22. doi: 10.1111/cen.13840. Epub
2018 Sep 27.
5. Handelsman DJ, Hirschberg AL, Bermon
S. Circulating Testosterone as the Hormonal
Basis of Sex Differences in Athletic Perfor-
mance. Endocr Rev. 2018 Oct 1; 39(5):803-
829. doi: 10.1210/er.2018-00020.
6. Bermon S, Vilain E, Fénichel P, Ritzén
M. Women with hyperandrogenism in elite
sports: scientific and ethical rationales for
regulating. J Clin Endocrinol Metab. 2015
Mar; 100(3):828-30. doi: 10.1210/jc.2014-
3603. Epub 2015 Jan 14.
7. Schurman L, et al. Hiperandrogenismo. R
Argentina de Endocrinología y Metabo-
lismo, 2016; 53(2): 45-50.DOI.org/10.2016/j.
raem.2016.05.008.
8. Ferguson-Smith MA1, Bavington LD.
Natural selection for genetic variants in sport:
the role of Y chromosome genes in elite female
athletes with 46,XY DSD. Sports Med. 2014
Dec; 44(12):1629-34. doi: 10.1007/s40279-
014-0249-8.
9. Karkazis K, Carpenter M. Impossible
“Choices”: The Inherent Harms of Regulating
Women’s Testosterone in Sport. J Bioeth
Inq. 2018 Dec; 15(4):579-587. doi: 10.1007/
s11673-018-9876-3. Epub 2018 Aug 16.
10. Rogol AD1, Pieper LP2. The Interconnected
Histories of Endocrinology and Eligibility in
Women’s Sport. Horm Res Paediatr. 2018;
90(4):213-220. doi: 10.1159/000493646.
Epub 2018 Oct 18.
Ref. Chekroud SR et al.
Association between physical
exercise and mental health in
1·2 million individuals in the
USA between 2011 and 2015:
a cross-sectional study. Lancet
Psychiatry. 2018 Sep;5(9):739-746.
É conhecida a associação entre a
prática regular de exercício físico
e os benefícios para as doenças
cardiovasculares e outras, mas
a relação com a saúde mental
ainda é um pouco desconhecida.
Este estudo pretendeu aclarar um
pouco mais a relação e analisou
informação de 1 237 194 america-
nos, de 18 ou mais anos de idade,
obtida pelo Centers of Disease
Control em avaliações nos anos de
2011, 2013 e 2015. Compararam
o número auto-referido de dias
de má saúde mental (MSM) entre
os praticantes de exercício físico
(EF) e os que nada faziam, assim
como a influência do EF. Os Resul-
tados revelaram que as pessoas
que faziam EF tiveram menos
1.49 (43.2%) dias de MSM (stress,
depressão, turbulência emocio-
nal) no último mês em relação
aos que não se exercitavam e
todos os tipos de EF estiveram
associados a menor sobrecarga
da saúde mental (redução entre
11.8 e 22.3%). As maiores associa-
ções foram com os desportos de
equipa (-22.3%), ciclismo (-21.6%),
assim como com atividades de
duração > 45min e frequências
entre 3 e 5 vezes/sem. Contudo,
níveis elevados EF podem condu-
zir a depressão, pelo que a curva
J poderá ser aplicada: pouco ou
demasiado EF não é benéfico.
Entretanto, o estudo apresenta
uma curiosidade: as pessoas
ativas eram tão felizes quanto
as sedentárias que ganhavam
mais 25 mil US dólares por ano.
Ou seja, “o dinheiro não compra
a felicidade”, mas com dinheiro
pode-se ir ao ginásio ou comprar
um tapete rolante para ter em
casa, usá-lo e ter menos proble-
mas do foro psicológico. Afinal,
o dinheiro pode “comprar” saúde
mental.
Revista de Medicina Desportiva informa julho 2019 · 31