Revista de Medicina Desportiva Informa Julho 2019 | Page 16
XXIX Curso de Reabilitação e
Traumatologia do Desporto
Rev. Medicina Desportiva informa, 2019; 10(4):14-20.
https://doi.org/10.23911/Res_Coimbra_2019_7
Coimbra, 26 de janeiro de 2019
Organização: Prof. Doutor João Páscoa Pinheiro, Dr. Pedro L. Pereira
Mesa 1: Ciência Básica –
Estrutura e Função
Dr. Pedro Figueiredo
Medicina Física e
Reabilitação. Braga
O disco intervertebral
Palavras-chave: Disco interver-
tebral, anatomia, traumatologia
Introdução
O desenvolvimento do disco interver-
tebral (DIV) na estrutura da coluna
vertebral trouxe vantagem evolutiva
na locomoção. Permite funções de
movimento individual intervertebral,
transmissão de forças entre vértebras
e absorção hidrodinâmica de forças. 1
Integra o pilar anterior da coluna
vertebral, sendo elemento chave da
anfiartrose sínfise intervertebral. O
conjunto dos 23 DIV completa 20-33%
do comprimento da coluna, sendo a
sua espessura crescente caudalmente.
As alterações micro e macroestrutu-
rais no contexto da atividade des-
portiva são muito relevantes, sendo
referidas lesões moderadas a severas
em 52% dos atletas olímpicos. 1
com aferência autonómica do ramo
comunicante cinzento. As foças
compressivas alteram o estado de
hidratação e vascularização do
disco promovendo diminuição da
celularidade e alterações da matrix-
-extracelular (diminuição agregados
e switchde colagenio tipo II/tipo X). 2,3
Conclusão
Discussão
O DIV é uma estrutura muito susce-
tível à microtraumatologia despor-
tiva, sendo a relação das alterações
estruturais com a clínica pouco
precisa. É desejável a sua identifica-
ção precoce no âmbito da medicina
preventiva e adequação desportiva.
Bibliografia
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14 julho 2019 www.revdesportiva.pt
Apesar da grande capacidade de
adaptação a inúmeros requisitos
cinesiológicos, o arco posterior pode
ser lesado, sobretudo quando há
combinação de cargas simultâneas,
quando há aplicação de cargas
supra-fisiológicas em posturas raqui-
dianas extremas ou quando há apli-
cação repetida de cargas (ainda que
dentro dos limites fisiológicos). As
estruturas mais suscetíveis à lesão
são as transições anatómicas ou as
regiões fronteira do ambiente de
carga e as posturas do ráquis em que
mais frequentemente surge lesão
do arco posterior são a hiperexten-
são e a hiperflexão. A espondilólise
é a patologia do arco posterior com
maior incidência entre atletas.
Conclusão
Discussão
O DIV é uma estrutura heterogénea
multicomponente formada por: um
annulus fibroso periférico fibrocar-
tilaginoso, com lamelas de colagé-
nio (tipo I) dispostas concentrica-
mente com orientação alternante
e fibroblastos; um núcleo culposo
central semifluido/gelatinoso rico
em colagénio tipo II desorganizado,
agregados, elastina, água e células
condrócito-like; placas terminais que
participam na ancorarem do DIV ao
corpo vertebral. A vascularização é
feita por difusão a partir da plata-
forma vertebral. A inervação está
dependente do nervo sinuvertebral
função de suporte (as duas colunas
articulares são sustentadas pelo
arco posterior), é um elemento parti-
cularmente dinâmico que conta com
a inserção de vários ligamentos e
músculos divididos anatomicamente
em planos, proporcionando à coluna
vertebral um equilíbrio funcional
entre mobilidade e rigidez.
Dra. Joana Santos Costa
Medicina Física e Reabilitação.
Coimbra
O arco posterior
O arco posterior é uma estrutura
fundamental na biomecânica da
coluna vertebral. No contexto des-
portivo, as lesões surgem particular-
mente associadas a gestos técnicos
de sobrecarga da coluna vertebral.
Bibliografia
Palavras-chave: Arco posterior,
coluna vertebral, lesão desportiva
Introdução
O arco posterior é constituído pelos
pedículos, processos articulares,
processos transversos, lâminas e
processo espinhoso. Além de con-
tribuir para a proteção de estrutu-
ras nervosas e vasculares e para a
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