Revista de Medicina Desportiva Informa Julho 2017 | Page 21
Russian Doctor Explains How
He Helped Beat Doping Tests at
the Sochi Olympics
By Rebecca R. Ruiz, K. K. Rebecca Lai, Yuliya Parshina-Kottas e Jeremy White
O Laboratório de antidopagem de Sochi
O Dr. Grigory Rodchenkov
Esta foi a notícia publicada online
pelo New York Times (NYT), em 13
de maio de 2016, acerca do elabo-
rado esquema de troca das amostras
biológicas dos atletas russos par-
ticipantes nos Jogos Olímpicos de
Inverno 2014, em Sochi. A descrição
do procedimento é, de acordo com a
notícia, do então diretor do labora-
tório de antidopagem, o Dr. Grigory
Rodchenkov. Ele refere que todas as
noites recebia uma lista desportiva
oficial com nomes de atletas, cujas
urinas precisavam de ser trocadas.
Para garantir a ausência de erro na
identificação das mesmas, os atle-
tas enviavam fotos dos impressos
preenchidos durante o processo de
recolha das amostras.
Durante a noite, e refere-se por
volta da meia-noite, o diretor ia à
sala 124, oficialmente considerada
uma sala de armazenamento, mas
que na realidade estava convertida
num laboratório e que era contígua
à sala onde as
amostras bioló-
gicas eram guar-
dadas. A partir
desta, e através
de um buraco
feito na parede,
as amostras
eram passadas
para a tal sala
124. Eram cerca
quatro horas de
trabalho reali-
zado à meia-luz.
O buraco do lado
da sala das amostras estava enco-
berto durante o dia por um armá-
rio de madeira. As amostras eram
depois levadas para um edifício
perto e horas depois eram devolvi-
das com as tampas soltas e não par-
tidas. Os frascos eram esvaziados,
limpos com papel de filtro e depois
enchidos com urina que havida
sido colhida alguns meses antes
dos Jogos. No sentido de garantir as
especificações das duas amostras
(densidade espec