Fig . 2 – Comportamento das variáveis VO 2 ( a ), FC ( b ) com variações interindividuais ( I e II , VCO 2
( c ) e VE ( d ) numa prova incremental ( adaptado de 4 ).
Fig . 3 – Domínios de intensidade , limiares , e comportamento do lactato sérico durante uma PECP incremental e relação com parâmetros usados em metodologia do treino ( adaptado de 4 ).
proporcional ao aumento da carga ( sem “ descontinuidades ”). A FC tem um comportamento próximo do linear , embora possa apresentar diferenças interindividuais . O comportamento da e da 2 apenas é linear na fase inicial , apresentando depois comportamento não linear com “ descontinuidades ” que marcam transições entre fases ( Figura 2 ) 4 .
As descontinuidades do comportamento linear da e da 2 permitem identificar duas importantes transições no padrão da resposta fisiológica ao esforço , designadas como limiares , que delimitam três domínios de intensiodade ( Figura 3 ):
• Domínio de intensidade MODERADO
• Domínio de intensidade PESADO
• Domínio de intensidade SEVERO
Designa-se como 1 .º limiar o momento da transição entre o domínio de intensidade moderado e o pesado e como 2 .º limiar o momento da transição entre o pesado e o severo . Deste modo , a determinação dos domínios de intensidade baseia-se na identificação do momento em que o e 2 aumentam mais do que a carga ( 1 .º limiar ) e do momento em que a apresenta uma segunda descontinuidade , com aumentos superiores aos do V · CO 2
( 2 .º limiar ) 4 ( figura 2c e 2d ).
Em que se fundamenta a categorização dos domínios de intensidade ?
A resposta fisiológica ao esforço consiste no aumento da função cardíaca e pulmonar para assegurar a disponibilização de oxigénio ao músculo , a remoção do dióxido de carbono produzido , o fornecimento dos nutrientes e a regulação do pH e da temperatura 2 . No domínio de intensidade moderada , a energia química para a atividade mecânica provém da fosforilização oxidativa ( sistema energético aeróbio ) e a relação entre o
2 e 2 é tendencialmente constante . No domínio
pesado , a fosforilação oxidativa não é suficiente . A contribuição do sistema energético anaeróbio láctico permite a manutenção da atividade à custa da formação de valências ácidas . O tamponamento pelo bicarbonato ( HCO 3
), para assegurar a regulação do pH , produz CO 2 adicional . Sendo o CO 2 um estímulo para o aumento da E , a partir do 1 .º limiar observa-se um incremento mais acentuado da CO 2 como da E . No domínio severo , a taxa de acumulação das valências ácidas ( provenientes do sistema energético anaeróbio láctico ) é superior à capacidade de tamponamento do HCO 3
. Nesta fase , ocorre uma marcada acumulação do lactato sanguíneo e diminuição do pH . Como a diminuição do pH é um estímulo potente para a observa-se , a partir do 2 .º limiar , um aumento acentuado da 2
.
Relevância dos dados obtidos numa PECP para as diferentes modalidades
Após realizar a PECP , os dados recolhidos são analisados e interpretados , obtendo-se os seguintes parâmetros de resumo :
• Valores máximos :
• max ( ml O / kg )
2 2
• Potência aeróbia máxima –
valor em watts ( W ) registado no momento do máx 2
• Potência máxima em prova – maior valor em watts ( W ). É igual à potência aeróbia máxima em provas máximas mas pode ser inferior ou superior em provas submáximas ou supramáximas , respetivamente .
• Valores relativos no 1 .º e 2 .º limiares :
• % max ; % reserva
2 2
• % FCMáxima ; % FC reserva
• W ( potência )
• Custo energético da componente aeróbia .
Os determinantes fisiológicos do desempenho em modalidades de resistência ( eventos com duração superior a 5 minutos ) estão bem caracterizados e incluem os valores do max , da potência e / ou 2 2 no 1 .º e 2 .º limiares e a economia / eficiência 3 . O max é um parâmetro que se correlaciona com a
2
capacidade funcional cardiorrespiratória ( CFC ) e com o desempenho em desportos de resistência 5 . Durante uma PECP incremental o pode manter-se em crescendo
2 até ao final ou atingir um planalto .
No primeiro caso , considera-se que o valor máximo registado é o pico 2 Convencionou-se que o max se
2 calcula fazendo a média dos valores
máximos num período de 10 a 60
12 Julho 2016 www . revdesportiva . pt
Fig. 2 – Comportamento das variáveis VO2 (a), FC (b) com
variações interindividuais (I e II, VCO2 (c) e VE (d) numa prova
incremental (adaptado de4).
Fig. 3 – Domínios de intensidade, limiares, e comportamento
do lactato sérico durante uma PECP incremental e relação com
parâmetros usados em metodologia do treino (adaptado de4).
proporcional ao aumento da carga
(sem “descontinuidades”). A FC
tem um comportamento próximo
do linear, embora possa apresentar diferenças interindividuais. O
comportamento da
e da
2
apenas é linear na fase inicial, apresentando depois comportamento
não linear com “descontinuidades”
que marcam transições entre fases
(Figura 2)4.
As descontinuidades do comportamento linear da
e da
2
permitem identificar duas
importantes transições no padrão
da resposta fisiológica ao esforço,
designadas como limiares, que
delimitam três domínios de intensiodade (Figura 3):
• Domínio de intensidade
MODERADO
• Domínio de intensidade PESADO
• Domínio de intensidade SEVERO
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Designa-se
como 1.º limiar
o momento da
transição entre
o domínio de
intensidade moderado e o pesado
e como 2.º limiar
o momento da
transição entre o
pesado e o severo.
Deste modo, a
determinação dos
domínios de intensidade baseia-se
na identificação
do momento em
que o
e
2
aumentam mais
do que a carga
(1.º limiar) e do
momento em que
a
apresenta
uma segunda
descontinuidade,
com aumentos
superiores aos do
·
V CO2 (2.º limiar)4
(figura 2c e 2d).
Em que se
fundamenta a
categorização
dos domínios de
intensidade?
A resposta fisiológica ao esforço
consiste no aumento da função
cardíaca e pulmonar para assegurar
a disponibilização de oxigénio ao
músculo, a remoção do dióxido de
carbono produzido, o fornecimento
dos nutrientes e a regulação do pH
e da temperatura2. No domínio de
intensidade moderada, a energia
química para a atividade mecânica
provém da fosforilização oxidativa
(sistema energético aeróbio) e a
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