Revista de Medicina Desportiva Informa Julho 2012 | Page 29
Tema 6
Rev. Medicina Desportiva informa, 2012, 3 (4), pp. 27–29
Protocolo de treino de força
no contexto home-based da
reabilitação cardíaca
Dra. Ana Adegas1, Dr. Miguel Mendes2
Fisioterapeuta Coordenadora do Departamento de Reabilitação Cardíaca do Instituto do Coração;
Docente convidada de Escolas do Ensino Superior na área de Reabilitação Cardíaca; 2Cardiologista,
Responsável do Departamento de Reabilitação Cardíaca do Instituto do Coração, Lisboa.
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RESUMO ABSTRACT
Os programas de Home Based (PHB), embora baseados num paradigma diferente dos programas que classicamente são realizados em centros especializados, sob internamento
(programas residenciais) ou em ambulatório, são, neste momento, considerados como uma
alternativa igualmente válida para a reabilitação dos doentes coronários. Tal evidência
resulta da experiência do Reino Unido onde foram obtidos resultados idênticos nos PHB
quando comparados com os Programas de Reabilitação Cardíaca (PRC) multidisciplinares,
realizados em centros especializados. Neste artigo pretende-se, assim, propor um esquema
de treino da força para a Fase III de um PRC realizado em Home Based, sustentado nas
recentes recomendações4.
Home Based programs, although in a different paradigm, can be considered for the moment
an equally valid alternative for rehabilitation of coronary patients. Such evidence results from
extensively validated studies launched in UK comparing Home Based with comprehensive Cardiac
Rehabilitation Programs performed in the setting of specialized centres. It will be made a conceptualization of the strength training program for a Phase III Cardiac Rehabilitation Program in a HB
context, sustained by recent recommendations4.
Reabilitação cardíaca, treino de força, programas Home Based
Cardiac rehabilitation, resistance training, Home Based programs
Uma extensa revisão sistemática
publicada em 20106 comparou a
intervenção da RC realizada em centros especializados com os programas
Home Based (HB), concluindo que
ambos os tipos de intervenção produzem benefícios semelhantes em
termos de redução da taxa de mortalidade e da morbilidade, melhoria
da qualidade de vida e modificação
dos fatores de risco major da doença
coronária (DC)6,11. Contudo, esta nova
realidade implica uma mudança
de paradigma que poderá dificultar
a cooperação multidisciplinar dos
membros da equipa de RC, mas em
contrapartida poderá promover o
intercâmbio com os parceiros da
comunidade6. Atualmente, a RC /
Prevenção Secundária, exige que o
PRC em HB só tenha sucesso se também for assente numa abordagem
multifatorial a longo termo, o que
significa que todas