Revista de Medicina Desportiva Informa Julho 2012 | Page 21
por doença ou iatrogénica. O tratamento consiste na destruição
química por ácidos (ácido salicílico,
ácido lático, 5 fluoracilo ou até
bleomicina nos casos mais refratários) ou na destruição térmica pelo
frio (criocirurgia por azoto líquido)
ou pelo calor (eletrocoagulação ou
laser CO2) precedidas ou não por
curetagem.
O Desportista e o autoexame
das unhas para a prevenção
e diagnóstico precoce das
onicopatias:
Prevenção primária:
· se frequenta ginásios ou piscinas,
se tem antecedentes de alergias,
diabetes ou má circulação, se tem
antecedentes pessoais ou familiares de micose, sobretudo das unhas
(onicomicoses) deve, após lavar as
mãos e os pés, secá-los bem. Utilize
um creme ou um pó de talco com
ação antifúngica após utilização
de espaços públicos. Mude frequentemente de calçado, deixe-os
arejar e poderá periodicamente
usar o pó de talco antifúngico nos
próprios sapatos ou sapatilhas. Se
tem gretas, descamação e prurido
na planta dos pés ou entre dedos
(pé de atleta) deverá tratar eficazmente com cremes antifúngicos. As
unhas dos pés devem ser cortadas
a direito;
· utilize sapatos adequados ao seu
formato do pé. Que o seu sapato
não seja um martírio para o seu
andar. Se desenvolve frequentemente onicocriptose, hematomas
subungueais ou calosidades, deverá
efetuar estudo biomecânico do pé,
sendo a observação do podologista
e a realização de suportes plantares
individuais uma etapa importante,
não só para o tratamento, mas
também para a prevenção.
Prevenção secundária:
· o diagnóstico precoce favorece a
rapidez e simplicidade do tratamento:
· se as suas unhas estão amareladas
ou esbranquiçadas, engrossadas
ou com alteração progressiva da
forma, com picotado ou estriação longitudinal ou transversal
à superfície, com descolamento
permanente ou recorrente, com
pigmentação ou tumefação ou
verrucosidades persistente subungueal ou periungueal, consulte o
seu médico assistente ou o seu
dermatologista.
Conclusão
A patologia ungueal é diversa com
múltiplas etiologias, podem ser
causa de limitação de exercício, precipitadas ou agravadas pelo mesmo.
O diagnóstico diferencial é essencial,
a abordagem médica é indispensável
pelo médico de família ou de desporto e sempre que necessário por
dermatologia. A complementaridade
multidisciplinar, nomeadamente da
ortopedia e sempre que necessário
com o apoio da podologia, sobretudo
na avaliação biomecânica do pé, são
muito importantes para a eficácia
clínica em particular na minimização de eventuais recaídas.
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Bibliografia
1. Burykowski T et al. High prevalence of foot
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