estatísticas antigas apontarem para valores de 5 % da população adulta , estudos recentes na população europeia demonstraram a existência desta afeção em mais de 20 % da população ( Projeto de Aquiles ). Num estudo recente , em Portugal , estimou-se a existência de cerca de 16 % da população portuguesa .
Em cerca de 70 % as infeções são provocadas por dermatófitos . Num estudo efetuado por Jenkins e coll , em atletas Olímpicos , as onicomicoses , onicocriptoses ( unha encravada ) e a dermatofitia plantar ( pé de atleta ) foram detetadas numa percentagem significativa de atletas .
Existem várias formas de apresentação clínica das onicomicoses que nos poderão orientar no diagnóstico diferencial e orientação terapêutica , mas o diagnóstico definitivo passa pelo exame micológico direto e cultural , sendo por vezes necessário recorrer ao exame histológico , com estudo pelo PAS . Constituem populações de risco os pacientes com infeções prévias por trichophytun rubrum , os idosos , os possuidores de morfologia anormal das unhas , os frequentadores de locais públicos , como balneários , como sejam os atletas , havendo ainda fatores genéticos e de imunodeficiência que concorrem , não só como fatores de risco para infeção , mas também para recaída ou reinfeção .
A incidência crescente nos últimos anos relaciona-se com atividades de desporto , sobretudo em áreas públicas , como ginásios e piscinas . É também mais frequente nas pessoas com atividades domésticas ou profissionais de limpeza , nos diabéticos , obesos , idosos e nos imunodeficientes por doença ou medicamentos . O calçado apertado e inadequado favorece microtraumatismos e hematomas das unhas o que predispõe ao aparecimento e recaída das onicomicoses .
Os primeiros sinais da doença correspondem à modificação da cor da unha ( amarelada ou esbranquiçada ), ao seu espessamento , com aparecimento de depósito ( tipo farinha ) por baixo da unha , com engrossamento progressivo e alteração da forma . As onicomicoses não são apenas um problema estético , originando por vezes problemas físicos ( dores e desconforto ao andar ou praticar desporto ) e psicológicos ( com perda da autoestima , ansiedade e isolamento social ), assumindo , dada a sua frequência , um importante problema de saúde pública . As onicomicoses não tratadas favorecem infeções associadas bacterianas e constituem um foco potencial de contágio para o próprio , para a família e para a comunidade .
As pessoas recorrem ao médico frequentemente numa fase avançada , quando têm dificuldade em andar , ou por contágio da micose a outras áreas , como os pés ( com prurido , descamação e gretas entre os dedos : ( o “ pé de atleta ”) ou as virilhas ( com vermelhidão e prurido ). Assiste-se frequentemente à automedicação , com utilização de cremes inadequados , por vezes com corticosteroides , para aliviar o prurido , e ao uso de exfoliações ou polimento das unhas , com utilização irregular de cremes ou vernizes que são frequentemente insuficientes para tratar as onicomicoses que envolvem a raiz da unha , prolongando e agravando estas afeções .
Os tratamentos atuais são mais eficazes , cómodos e seguros . A abordagem terapêutica pode ser tópica , oral ou combinada . Numa fase inicial a utilização adequada de vernizes antifúngicos poderá ser eficaz em cerca de 75 % das onicomicoses . Nos vernizes realce para o ciclopirox e a amorolfine , em verniz . Esta última destaca-se pela sua eficácia e comodidade posológica . No entanto , as melhores curas clínicas e micológicas são obtidas pela terapêutica combinada , tópica e oral , havendo orientações gerais internacionais para a sua utilização , em particular quando há envolvimento da matriz ou de mais de 50 % de uma ou várias unhas . Esta abordagem permite obter uma mais eficaz e alargada ação antifúngica . Da terapêutica oral destaca-se a terbinafina , o itraconazole e o fluconazol , em vários esquemas terapêuticos . O tempo de medicação oral , na maioria dos casos , varia entre 2 a 3 meses para as mãos e 3 a 4 meses para os pés , mas a medicação local é necessária até a unha ficar completamente bem , o que poderá durar , em média , 6 meses nas mãos e 12 meses nos pés , com esquemas de prescrição que devem ser adaptados à patologia ou agentes em causa e às medicações sistémicas coexistentes e função analítica . A interrupção do tratamento favorece a persistência do fungo , ou a sua recaída , por vezes , com desenvolvimento de resistências . As recidivas são por vezes minimizadas pela compensação / correção de defeitos biomecânicos do pé , sendo um dos contributos mais importantes que o podologista pode dar para o médico e para o paciente . É aconselhável uma reavaliação clínica após o tempo de tratamento recomendado para verificar se ficou de facto curado , para minimizar as insuficiências de tratamento ou recaídas .
O diagnóstico diferencial , nomeadamente com várias dermatoses com expressão ungueal constitui uma das etapas mais importantes na orientação do paciente com patologia ungueal . A prevenção primária e secundária das onicomicoses deverão ser estimuladas em toda a população , cabendo aos diferentes profissionais de saúde que trabalham com o pé a sua divulgação e implementação .
Perioníquia A inflamação dos tecidos periungueais ( perioníquia ou panarício ) é frequentemente traumática , pelo mau corte das unhas ou favorecida por curvatura inadequada das unhas . As complicações microbiológicas podem ser bacterianas ( por estafilococo ou Pseudomonas ), fúngicas ( frequentemente por Cândida ) ou mistas ( fig . 4 e 5 ). A terapêutica tópica , antibacteriana e / ou antifúngica , e por vezes sistémica impõem-se . No caso das unhas das mãos são fatores predisponentes a permanência frequente em água e a utilização de substâncias agressivas ou detergentes , sem proteção adequada de luvas .
Verrugas A infeção periungueal ou subungueal ( fig . 6 ) por vírus da família dos papilomavírus é uma situação frequente , por vezes recorrente , como nos atópicos ou nos indivíduos com alguma forma de imunodeficiência
18 · Julho 2012 www . revdesportiva . pt
estatísticas antigas apontarem para
valores de 5% da população adulta,
estudos recentes na população
europeia demonstraram a existência desta afeção em mais de 20%
da população (Projeto de Aquiles).
Num estudo recente, em Portugal,
estimou-se a existência de cerca de
16% da população portuguesa.
Em cerca de 70% as infeções são
provocadas por dermatófitos. Num
estudo efetuado por Jenkins e coll,
em atletas Olímpicos, as onicomicoses, onicocriptoses (unha encravada)
e a dermatofitia plantar (pé de atleta)
foram detetadas numa percentagem
significativa de atletas.
Existem várias formas de apresentação clínica das onicomicoses
que nos poderão orientar no diagnóstico diferencial e orientação terapêutica, mas o diagnóstico definitivo
passa pelo exame micológico direto
e cultural, sendo por vezes necessário recorrer ao exame histológico,
com estudo pelo PAS. Constituem
populações de risco os pacientes
com infeções prévias por trichophytun
rubrum, os idosos, os possuidores
de morfologia anormal das unhas,
os frequentadores de locais públicos, como balneários, como sejam
os atletas, havendo ainda fatores
genéticos e de imunodeficiência que
concorrem, não só como fatores de
risco para infeção, mas também
para recaída ou reinfeção.
A incidência crescente nos últimos anos relaciona-se com atividades de desporto, sobretudo em áreas
públicas, como ginásios e piscinas. É
também mais frequente nas pessoas
com atividades domésticas ou profissionais de limpeza, nos diabéticos,
obesos, idosos e nos imunodeficientes por doença ou medicamentos.
O calçado apertado e inadequado
favorece microtraumatismos e
hematomas das unhas o que predispõe ao aparecimento e recaída das
onicomicoses.
Os primeiros sinais da doença
correspondem à modificação da cor
da unha (amarelada ou esbranquiçada), ao seu espessamento, com
aparecimento de depósito (tipo
farinha) por baixo da unha, com
engrossamento progressivo e alteração da forma.As onicomicoses não
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são apenas um problema estético,
originando por vezes problemas
físicos (dores e desconforto ao andar
ou praticar desporto) e psicológicos (com perda da autoestima,
ansiedade e isolamento social),
assumindo, dada a sua frequência,
um importante problema de saúde
pública. As onicomicoses não tratadas favorecem infeções associadas
bacterianas e constituem um foco
potencial de contágio para o próprio,
para a família e para a comunidade.
As pessoas recorrem ao médico
frequentemente numa fase avançada, quando têm dificuldade em
andar, ou por contágio da micose
a outras áreas, como os pés (com
prurido, descamação e gretas entre
os dedos: (o “pé de atleta”) ou as
virilhas (com vermelhidão e prurido). Assiste-se frequentemente
à automedicação, com utilização
de cremes inadequados, por vezes
com corticosteroides, para aliviar o
prurido, e ao uso de exfoliações ou
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