Revista de Medicina Desportiva Informa Janeiro 2020 | Page 29
durante a corrida, posição típica
assumida em ações de remate e ace-
leração na corrida. O controlo motor
lombopélvico é essencial para habi-
litar e executar diferentes movimen-
tos desportivos e tem efeito preven-
tivo da lesão dos isquiotibiais. 33-36
O profissional de saúde deve
implementar programas de prevenção
primária e secundária com exer-
cícios validados e, eventualmente,
outros adequados ao mecanismo
de lesão e às especificidades do
atleta. 37,38 Deve assegurar exer-
cícios específicos de isquiotibiais
através de programas de prevenção
de lesões (por exemplo, FIFA 11+) e
assegurar a participação de jogado-
res e treinadores para promover a
aderência e compliance. 39
O défice de força muscular dos
isquiotibiais tem sido sugerido como
um fator de risco modificável 19 , con-
siderando que músculos mais fortes
serão menos suscetíveis a lesão.
Assim, tem sido demonstrado que são
necessárias intensidades acima dos
80-85% de 1 repetição máxima (1RM)
para produzir adaptações neurais e
de força em atletas bem treinados.
Todavia, importa saber que as adap-
tações crónicas a exercícios de for-
talecimento variam entre o exercício
efetuado e entre indivíduos. 40
Exercícios para prevenção de
lesões nos isquiotibiais
Com base na literatura, foi feita
uma seleção de exercícios (Tabela 1)
que podem ser implementados em
função dos diferentes contextos e
especificidades de cada atleta.
Conclusão
O treino de força muscular é uma
componente essencial dos programas
de prevenção de lesões nos músculos
isquiotibiais. É importante adotar
uma abordagem baseada na evidên-
cia científica e relacionar o efeito de
um programa de treino de força com
os fatores de riscos (intrínsecos e
extrínsecos). O programa de preven-
ção secundária deve ser adequado ao
mecanismo de lesão, às especificida-
des do atleta e incluir medidas para
estimular a aderência e compliance
dos jogadores e treinadores.
Os autores negam qualquer conflito de
interesses, assim como afirmam a origi-
nalidade do texto e a sua não publicação
prévia.
Correspondência
[email protected]
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Restante Bibliografia em:
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