Revista de Medicina Desportiva Informa Janeiro 2018 | Page 6
An isolated premature ventricular contraction is
a common finding in some athletes. There is no
extensive scientific evidence on the management
of this situation, particularly when it is a finding
in an asymptomatic individual with no history.
The case is presented on a 26 year-old asympto-
matic athlete, a professional rugby player, with
no history, who had two premature ventricular
contractions in the recovery phase of the effort test
(one with an image of a right bundle branch block
and the other with a left block). Complementary
cardiological tests (Holter, Doppler echocardio-
gram, ECG signal averaged ECG, and coronary
tomography) were normal, except for finding a left
ventricular transmural fibrosis in the cardiac reso-
nance. There is scarce scientific evidence available
for decision-making in relation to sports aptitude in
the context of these cases.
Chega-nos um caso clínico pela
pena do Dr. Gonzalo Grazioli, e
garantia de qualidade do Dr. Joseph
Brugada do Hospital Clinic de Barce-
lona, e que nos relata o caso de um
jogador de râguebi profissional com
26 anos que foi submetido a exames
no âmbito de avaliação cardiovascu-
lar de rotina. Tratava-se de um atleta
assintomático e sem história pessoal
de doença cardíaca. O problema é
levantado pela simples existência
de duas extrassístoles ventriculares
com morfologias diferentes na fase
de recuperação no teste de esforço
com o protocolo de Bruce: uma com
morfologia de ramo direito e outra
de ramo esquerdo. É sabido que a
existência de extrassistolia ventri-
cular por si só não desqualifica para
a prática desportiva. São fenóme-
nos usualmente benignos, mas no
caso um atleta de alta competição
merece uma investigação mínima
antes de permitir a prática des-
portiva. Podem estar relacionadas
com situações transitórias cujos
fatores desencadeantes são por
vezes difíceis de detetar, mas podem
estar relacionadas com situações
cardíacas transitórias ou crónicas.
É, portanto, mandatório realizar um
ecocardiograma e uma prova de
esforço para tomar uma decisão. 2
Na maioria dos casos desapare-
cem durante a fase do esforço para
reaparecerem na fase de recupera-
ção. A sua ocorrência é um achado
relativamente comum e em atletas
treinados só deve ser valorizada
quando em número superior a 10,
pois neste caso podem estar relacio-
nadas com cardiopatia estrutural e
com eventos que podem ensombrar
o seguimento. 3
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O documento de consenso da
Task Force para a elegibilidade ou
desqualificação para desportos
competitivos liderada por Douglas
Zipes 2 , recomenda que atletas
que tenham extrassístoles ven-
triculares ou em pares, quer no
repouso quer no esforço, possam
efetuar exercício físico sem res-
trições, enquanto se aumentarem
de número no pico do esforço,
surgirem formas complexas ou
repetitivas esses atletas terão de
ser submetidos a estudo suple-
mentar. Mesmo no caso em que tal
aconteça e que sejam reproduzidos
sintomas, tais como tonturas, sen-
sação de cabeça oca, pré-sincope
ou palpitações, a carga de exercí-
cio que o atleta poderá executar
deve ser limitada de forma a não
ultrapassar a frequência cardíaca
em que a ectopia se torna sintomá-
tica. Mais um argumento contrario
à desqualificação é o facto de que
uma pequena cicatriz homogé-
nea e única, transm