Revista de Medicina Desportiva Informa Janeiro 2018 | Page 33

Entretanto , a medicina desportiva portuguesa continua em grande e a crescer . Quase uma dezena de médicos obtiveram o seu título de especialista nos exames realizados em novembro , no Porto . Parabéns aos novos especialistas , assim como ao respetivo Colégio da especialidade .
Realizou-se
em 16 / 11 / 017 as eleições para o Colégio de Especialidade de Medicina Desportiva , para o próximo triénio . Houve uma lista única , o que demonstra também o apoio que os médicos deram aos elementos da direção cessante e que se recandidataram , a saber : Augusto Manuel Frias Barbosa Roxo , Joaquim Agostinho Moreira de Carvalho , José Manuel Freitas Morna dos Ramos , Marcos Aurélio Matos Pinto de Miranda , Maria João Coelho de Melo Cascais , Pedro Alexandre da Cunha Carvalheiro de Aguiar Branco , Victor Manuel Salvador Coelho e como suplente José Novais de Carvalho . A Dra . Maria João Cascais será novamente a Presidente do colégio , à qual se deseja as maiores felicidades e se agradece a sua generosidade e disponibilidade por continuar a preocupar-se com a temática da medicina desportiva .
O Dr . António Raposo é médico fisiatra e especialista em medicina desportiva . Andou muitos anos a acompanhar equipas de futebol enquanto médico de equipa . Esteve no clube Nordeste e depois alguns anos no Clube Santa Clara da ilha de São Miguel . Agora vive uma vida mais tranquila na sua prática clínica diária . Contudo , ele decidiu partilhar a sua vivência enquanto médico desportivo e fê-lo através da publicação , em outubro último , de um livro repleto de pequenas histórias , alguma hilariantes , mas também de
homenagem a pessoas que foram e têm sido importantes na sua vida . No final do livro há ainda lugar à divulgação de vários testemunhos de outras personalidades marcantes . É um livro que se lê com muito gosto e entusiasmo e onde as pequenas histórias se sucedem e estimulam a leitura da história seguinte . Já sabíamos que o Dr . António Raposo é um bom médico , mas após a leitura do livro ficamos a saber que foi um atleta eclético e é um excelente escritor . Hagan ? Foi o nome que adotou em reconhecimento ao antigo treinador do Benfica Jimmy Hagan .
Foi em 2 de novembro que decorreu em Coimbra a 4 .ª edição destas Jornadas , de inscrição gratuita , mas obrigatória . A plateia estava repleta , predominantemente de militares , pois a prática de exercício físico está intimamente ligada ao militar , que precisa de estar bem fisicamente bem condicionado , que se alimenta e se hidrata , que treina e que deve prevenir as lesões . E assim sendo , foram abordadas quatro temáticas : as particularidades do treino , o condicionamento endócrino , o condicionamento musculoesquelético e o condicionamento cardiovascular . É gratificante verificar que na instituição militar existe também a preocupação com a saúde do militar , o qual tem os mesmos riscos e benefícios que o atleta em geral . Está de parabéns o Dr . Joaquim Cardoso , diretor do Centro Saúde Militar de Coimbra , mas também o Dr . Luís Moreno que muito se empenhou na organização do evento . Para o ano será as 5 . as jornadas . Estejamos atentos .
Saiu em outubro a 5 .ª edição deste livro que tem por objetivo “ ensinar os profissionais de saúde e os estudantes do modo de apropriado em realizar os testes de avaliação ”, já que é importante “ para os que querem entrar nos campos da aptidão física e reabilitação , assim como para os que já trabalham que necessitam de alinhar a sua prática aos estandartes da indústria ”. São abordados os cinco componentes da aptidão física : composição corporal , força muscular , resistência muscular , flexibilidade e cardiovascular . Interessante é a inclusão do consentimento informado para quem vai ser submetido à avaliação , no qual se inclui o objetivo e a explicação do teste , os riscos e desconfortos que poderão ser sentidos , as responsabilidades do participante , os benefícios esperados , etc . Está à venda na internet e com preços variáveis .
O SPARX ( Study in Parkinson ’ s Disease of Exercise ) é um clinical trial , randomizado , no qual participam 128 doentes com Parkinson , patrocinado pela Universidade do Colorado ( Denver ) e com a colaboração de mais três universidades . O nome oficial é Exploratory Study of Different Doses of Endurance Exercise in People With Parkinson Disease e o objetivo consiste em saber mais sobre a influência dos efeitos do exercício físico ( EF ) em doentes com Parkinson , diagnosticados recentemente . São dois níveis de intensidade que são testados ( moderado e intenso ) e em comparação com a ausência de EF . A hipótese colocada pelos autores é que o EF pode reduzir os sintomas da doença . Pretendem averiguar qual o nível de EF . Os resultados da Fase 2 revelam que os doentes que participaram em EF de alta intensidade ( 80-85 % da FCmáx ) no tapete rolante até quatro dias por semana , e até aos seis meses , tiveram menos alterações em relação à avaliação inicial na escala motora ( Unified Parkinson ’ s Disease Rating Scale – UPDRS ). A Dra . Margaret Schenkman ( foto ), a investigadora principal , refere que se tivesse de fazer uma prescrição seria : alta intensidade – três vezes / semana , mas “ não diria : não faça EF com intensidade moderada ( 60-65 % FCmáx )”, pois “ fazer alguma coisa é melhor que nada ”. O estudo está publicado online desde dezembro no JAMA Neurology .
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