Revista de Medicina Desportiva Informa Janeiro 2018 | Page 25
Sociedade Portuguesa
de Artroscopia
e Traumatologia Desportiva
CONGRESSO
DA SPAT
A
Sociedade Portuguesa de Artros-
copia e Traumatologia Despor-
tiva (SPAT) é uma entidade com
estatuto de utilidade pública, sem
fins lucrativos, dedicada ao desen-
volvimento da Ortopedia no âmbito
da Artroscopia e Traumatologia
Desportiva.
A SPAT é neste momento a maior
sociedade científica nacional nesta
área do conhecimento, com maior
visibilidade e reconhecimento inter-
nacional. Organiza bianualmente o
seu Congresso, o qual nas últimas
edições tem conseguido reunir inú-
meros médicos, enfermeiros e fisiote-
rapeutas, portugueses e estrangeiros,
interessados nesta área do saber.
O 13.º Congresso da SPAT realizou-
-se entre 30 de novembro e 1 de
dezembro 2017 na cidade do Fun-
chal e teve a particularidade de ter
ocorrido nas instalações Estádio do
Marítimo S C. Os cerca de 300 parti-
cipantes tiveram oportunidade de,
para além de assistirem ás palestras
no auditório do Estádio, percorrerem
os caminhos que as equipas de fute-
bol percorrem no trajeto desde os
balneários até ao campo. Aqui, nos
intervalos das sessões, os congressis-
tas desfrutaram do Sol madeirense
enquanto caminhavam sobre o bom
relvado, palco de muitos e emocio-
nantes jogos de futebol.
30 Nov e 1 Dez de 2017
Muitos conceituados profissionais
de saúde do Mundo, dedicados à
traumatologia desportiva, estive-
ram presentes na acolhedora ilha
e devem ser referidos os nomes do
Prof. Doutor Niek van Dijk (médico
holandês que operou inúmeros
desportistas), Jacques Menetrey
(conceituado ortopedista suíço com
grande notoriedade no ciclismo e
no hóquei no gelo), Matteo Denti
(ortopedista italiano, ex-presidente
da ESSKA e com grande atividade na
traumatologia desportiva em geral
e nos desportos de Inverno), Romain
Seil (atual Presidente da ESSKA –
European Society of Sports Trauma-
tology and Knee Surgery – e que é
um notável ortopedista na área do
joelho e da traumatologia desportiva
pediátrica) e Marc Tey Pons (orto-
pedista espanhol ligado á trauma-
tologia do desporto). O número de
ilustres palestrantes portugueses, de
elevado nível científico e pedagógico,
que estiveram presentes é enorme
e poder-se-á dizer que quase todos
os médicos de referência na trau-
matologia desportiva estiveram lá
como palestrantes (cerca de 40), mas
estiveram também outros atentos e
interessados assistentes.
Houve muitas e variadas sessões
temáticas, a maioria focadas em
regiões anatómicas ou estruturas
específicas (Tornozelo: conceitos
atuais; Conflito femoroacetabular;
LCA: o que há de novo?; Lesões
meniscais; LPFM: o que há de novo?;
Sindromes canalares do membro
inferior e do membro superior), mas
também sobre a cartilagem articu-
lar (Condromalácia e desporto: que
abordagem?; Gonartrose precoce;
Desporto e gonartrose precoce: o
papel do desporto) e sobre o jovem
atleta (O joelho da criança e do
adolescente! Que preocupações?). O
sr. Presidente e o treinador principal
do Marítimo S C, respetivamente,
Carlos Pereira e Daniel Ramos, jun-
tamente com os Drs. Henrique Jones
e Horácio Sousa, participaram no
painel sobre futebol em geral: “Apoio
médico, lesão, final de carreira: a
visão do atleta, do médico, do trei-
nador, do dirigente desportivo e da
tutela”, superiormente moderado
pelo jornalista desportivo da RTP, o
sr. Nélio Gouveia. Neste painel foi
interessante observar os pontos de
vista de vários agentes do futebol,
os quais manifestaram preocupação
com a saúde e bem-estar do jogador,
assim como do seu futuro.
Para além das sessões plenárias,
houve ainda sessões dedicadas a
enfermeiros (quinta-feira de manhã)
e a fisioterapeutas (sexta-feira de
manhã), o que revela a importância
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