Tabela 6 . Fontes alimentares de Vitamina D |
Alimento |
Quantidade de Vitamina D |
Salmão |
526 UI / 100g |
Sardinhas |
193 UI / 100g |
Atum |
82 UI / 100g |
um ovo médio |
40 UI |
Bife de fígado |
56 UI / 100g |
Manteiga |
30 UI / 100g |
Óleo de fígado de bacalhau |
200 UI / 100g |
reguladas pela PTH , cálcio e fosfato . Níveis de 1,25 ( OH ) 2D tipicamente não diminuem até estar instalada uma deficiência grave de vitamina D . ( Tabela 4 e 5 ).
Poucos alimentos contêm naturalmente vitamina D , pelo que , frequentemente , a ingestão deste nutriente é insuficiente 11 e a prevalência de inadequação é bastante elevada .( Tabela 6 ). 12
A toxicidade por vitamina D pode causar sintomas não específicos , como anorexia , perda de peso , poliúria e arritmias cardíacas ; pode também pode elevar os níveis sanguíneos de cálcio que levam à calcificação vascular e tecidual , com subsequente dano cardíaco , vascular e renal .
Interações com medicamentos
Os corticosteroides , como prednisolona , muitas vezes prescritos para reduzir a inflamação , podem reduzir a absorção de cálcio e prejudicar o metabolismo da vitamina D . Estes efeitos podem contribuir ainda mais para a perda de osso e para o desenvolvimento da osteoporose associada ao seu uso a longo prazo . Por outro lado , fármacos que reduzem a absorção de gordura com o objetivo de perda de peso ( ex : orlistat ), assim como sequestradores de ácidos biliares ( ex : colestiramina ) podem reduzir a absorção de vitamina D e outras vitaminas lipossolúveis . Também o fenobarbital e a fenitoína , utilizados para prevenir e controlar as crises epiléticas , aumentam o metabolismo hepático da vitamina D em compostos inativos e reduzem a absorção de cálcio .
A nível alimentar importa também promover o consumo de hortofrutícolas . Estes contêm minerais , tais como como potássio , magnésio e cálcio ; antioxidantes , tais como polifenóis ; fitoestrógenios ; e vitaminas , nomeadamente a C e a K . Todos estes nutrientes são necessários para a síntese da matriz óssea . Além disso , dietas ricas em frutas e legumes resultam numa menor carga ácida devido ao seu elevado teor de potássio e de magnésio . Sabe-se que um ambiente ácido estimula os osteoclastos e reduz a atividade dos osteoblastos . Antioxidantes exógenos desempenham um papel importante na redução do stress oxidativo , envolvido na etiologia da osteoporose . Os antioxidantes exógenos são ricos em vitamina C , vitamina E e carotenoides e podem ser encontrados na maioria das frutas , legumes , nozes e sementes . Uma alimentação rica do ponto de vista nutricional associa-se a menor risco de fratura , independentemente de outros fatores de risco importantes . 3
O papel prejudicial do consumo excessivo / insuficiente de proteína
Na perspetiva da prevenção de problemas do foro ósseo , será prudente adotar uma alimentação com ingestão proteica , nem excessiva , nem insuficiente , tendo em conta as recomendações da Organização Mundial de Saúde ( cerca de 0,8g / Kg peso corporal ). 13 Pela indução de excreção de cálcio e contribuição acídica , a elevada ingestão proteica , especialmente rica em proteína animal , pode ser desaconselhável para a saúde óssea a longo prazo , apesar de não existir evidência sólida de consequências adversas proveniente do seu consumo . Por outro lado , a baixa ingestão de proteínas , particularmente nos idosos , pode contribuir para o risco de fratura osteoporótica . 1
Bebidas alcoólicas e refrigerantes
O alcoolismo é uma das principais causas de osteoporose secundária . Embora se verifique que uma leve a moderada ingestão de álcool se associa a elevada densidade óssea , o elevado consumo de álcool tem sido associado a osteoporose e a quedas . Uma bebida diária para mulheres e duas para homens é considerada segura na perspetiva da saúde óssea . O consumo de refrigerantes é considerado um fator de risco de osteoporose , devido ao seu teor em cafeína e elevado teor de ácido fosfórico , mas também devido ao deslocamento de bebidas mais saudáveis ( ex : iogurte ou leite ). O chá verde , dado o seu conteúdo em polifenóis e propriedades antioxidantes , pode ter efeitos benéficos nos osteoblastos , com impacto positivo na saúde óssea .
Recomendações práticas para a prevenção da osteoporose :
• Consumir diariamente pelo menos três porções de leite magro e / ou produtos lácteos magros ( iogurte , queijo );
• Consumir legumes de folha verde , com elevado teor de cálcio ( couve portuguesa , espinafres );
• Comer fruta e legumes 5 vezes por dia .
• Comer peixe pelo menos 3 vezes por semana ;
• Limitar a ingestão de sal ( máximo : 6g / dia ). Utilizar especiarias para melhorar o sabor , em substituição do sal .
• Moderar a ingestão de álcool ou abster-se do seu consumo ;
• Assegurar uma ingestão adequada de vitamina D ( peixe , fígado , exposição solar , suplementação ), vitamina K ( legumes folha verde , fígado , peixe ) e vitamina C
• Praticar regularmente atividade física com carga ;
• Não fumar .
Bibliografia
1 . 1Prentice , A ., Diet , nutrition and the prevention of osteoporosis . Public Health Nutr , 2004 ; 7 ( 1A ): 227-43 .
2 . Kalkwarf , H . J ., J . C . Khoury , and B . P . Lanphear , Milk intake during childhood and adolescence , adult bone density , and osteoporotic fractures in US women . Am J Clin Nutr , 2003 ; 77 ( 1 ): 257-65 .
3 . Levis , S . and V . S . Lagari , The role of diet in osteoporosis prevention and management . Curr Osteoporos Rep , 2012 ; 10 ( 4 ): 296-302 .
4 . Warensjo , E ., et al ., Dietary calcium intake and risk of fracture and osteoporosis : prospective longitudinal cohort study . BMJ , 2011 ; 342 : d1473 .
Restante Bibliografia em : www . revdesportiva . pt ( A Revista Online ) 22 janeiro 2018 www . revdesportiva . pt
Tabela 6. Fontes alimentares de Vitamina D
Alimento Quantidade de Vitamina D
Salmão 526 UI/100g
Sardinhas 193 UI/100g
Atum 82 UI/100g
um ovo médio 40 UI
Bife de fígado 56 UI/100g
Manteiga 30 UI/100g
Óleo de fígado de bacalhau 200 UI/100g
reguladas pela PTH, cálcio e fosfato.
Níveis de 1,25 (OH) 2D tipicamente
não diminuem até estar instalada
uma deficiência grave de vitamina D.
(Tabela 4 e 5).
Poucos alimentos contêm natu-
ralmente vitamina D, pelo que,
frequentemente, a ingestão deste
nutriente é insuficiente 11 e a preva-
lência de inadequação é bastante
elevada.(Tabela 6). 12
A toxicidade por vitamina D pode
causar sintomas não específicos,
como anorexia, perda de peso, poliú-
ria e arritmias cardíacas; pode tam-
bém pode elevar os níveis sanguíneos
de cálcio que levam à calcificação
vascular e tecidual, com subsequente
dano cardíaco, vascular e renal.
Interações com medicamentos
Os corticosteroides, como predniso-
lona, muitas vezes prescritos para
reduzir a inflamação, podem reduzir
a absorção de cálcio e prejudicar o
metabolismo da vitamina D. Estes
efeitos podem contribuir ainda mais
para a perda de osso e para o desen-
volvimento da osteoporose asso-
ciada ao seu uso a longo prazo. Por
outro lado, fármacos que reduzem a
absorção de gordura com o objetivo
de perda de peso (ex: orlistat), assim
como sequestradores de ácidos
biliares (ex: colestiramina) podem
reduzir a absorção de vitamina D
e outras vitaminas lipossolúveis.
Também o fenobarbital e a fenitoína,
utilizados para prevenir e controlar
as crises epiléticas, aumentam o
metabolismo hepático da vitamina
D em compostos inativos e reduzem
a absorção de cálcio.
A nível alimentar importa tam-
bém promover o consumo de hor-
tofrutícolas. Estes contêm minerais,
tais como como potássio, magnésio
e cálcio; antioxidantes, tais como
polifenóis; fitoestrógenios; e vitami-
nas, nomeadamente a C e a K. Todos
22 janeiro 2018 www.revdesportiva.pt
estes nutrientes são necessários
para a síntese da matriz óssea. Além
disso, dietas ricas em frutas e legu-
mes resultam numa menor carga
ácida devido ao seu elevado teor
de potássio e de magnésio. Sabe-se
que um ambiente ácido estimula os
osteoclastos e reduz a atividade dos
osteoblastos. Antioxidantes exóge-
nos desempenham um papel impor-
tante na redução do stress oxidativo,
envolvido na etiologia da osteopo-
rose. Os antioxidantes exógenos são
ricos em vitamina C, vitamina E e
carotenoides e podem ser encontra-
dos na maioria das frutas, legumes,
nozes e sementes. Uma alimentação
rica do ponto de vista nutricional
associa-se a menor risco de fratura,
independentemente de outros fato-
res de risco importantes. 3
O papel prejudicial do consumo
excessivo/insuficiente de proteína
Na perspetiva da prevenção de
problemas do foro ósseo, será pru-
dente adotar uma alimentação com
ingestão proteica, nem excessiva,
nem insuficiente, tendo em conta
as recomendações da Organização
Mundial de Saúde (cerca de 0,8g/
Kg peso corporal). 13 Pela indução de
excreção de cálcio e contribuição
acídica, a elevada ingestão proteica,
especialmente rica em proteína ani-
mal, pode ser desaconselhável para
a saúde óssea a longo prazo, apesar
de não existir evidência sólida de
consequências adversas proveniente
do seu consumo. Por outro lado, a
baixa ingestão de proteínas, particu-
larmente nos idosos, pode contribuir
para o risco de fratura osteoporótica. 1
Bebidas alcoólicas e refrigerantes
O alcoolismo é uma das principais
causas de osteoporose secundária.
Embora se verifique que uma leve
a moderada ingestão de álcool se
associa a elevada densidade óssea, o
elevado consumo de álcool tem sido
associado a osteoporose e a quedas.
Uma bebida diária para mulheres
e duas para homens é considerada
segura na perspetiva da saúde óssea.
O consumo de refrigerantes é consi-
derado um fator de risco de osteopo-
rose, devido ao seu teor em cafeína e
elevado teor de ácido fosfórico, mas
também devido ao deslocamento de
bebidas mais saudáveis (ex: iogurte
ou leite). O chá verde, dado o seu
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