Rev . Medicina Desportiva informa , 2012 , 3 ( 1 ), pp . 2 – 3
Entrevista
Mestre Alexandre Miguel Mestre
Secretário de Estado do Desporto e Juventude *
1 . Após cerca de 6 meses de governação , como carateriza o actual apoio médicodesportivo ?
O apoio médico-desportivo ao atleta está consignado na lei . Procurámos incentivar o clubes , associações , federações e demais entidades , designadamente as coletividades promotoras de desporto , em vista de instituírem gabinetes de apoio à saúde dos praticantes , definindo mesmo que os técnicos devem ser especializados em medicina desportiva . A organização da medicina desportiva previa , até Outubro do corrente ano , três centros nacionais de medicina desportiva . Contudo , a racionalização dos meios e recursos , bem como os dados obtidos relativos à gestão destas unidades , levou à decisão de manter em funcionamento um centro nacional de medicina desportiva em Lisboa com uma subdelegação no Porto . Está no nosso horizonte encontrar soluções para as restantes áreas do país , assim como para as Regiões Autónomas da Madeira e Açores . Com o número de especializados em medicina desportiva que existem em Portugal , estão reunidas as condições para que o apoio médico-desportivo seja efectivo e eficaz .
2 . O programa do Governo refere a implementação da prática desportiva para toda a população . Como pretende levar a cabo esta nobre ideia ? Os médicos com formação serão chamados para colaborarem ?
Nos tempos de constrangimentos financeiros que atravessamos vai ser , certamente , com muita criatividade e inovação . Vamos colaborar mais de perto com as Escolas , Institutos Politécnicos e Universidades , e outras entidades , designadamente as Colectividades de Cultura , Recreação , Lazer e Desporto , que representam mais de 18.500 clubes no país . Vamos intensificar parcerias com os municípios e com as sociedades científicas responsáveis , pelo que , natural e necessariamente , a SPMD não será excluída . Os médicos serão chamados a colaborar até na definição de novos rumos , como por exemplo para o futuro do Exame Médico Desportivo ( EMD ).
3 . O exame médico-desportivo é o 1 º passo para a prática desportiva . A lei prevê que possa ser realizado por qualquer médico , mas pressente-se que nem sempre haja cuidado na sua realização . É para manter esta situação ?
Estamos a trabalhar neste assunto , estudando e escutando múltiplos contributos . Porventura , no que se refere ao EMD os pontos críticos não se ficam apenas pela questão da competência ou especialização do técnico que o realiza . Não vou acrescentar muito mais a este ponto , uma vez que estamos a trabalhar sobre ele , mas posso adiantar que já temos um cronograma com os passos necessários a dar para encontramos uma solução para os problemas que se levantam com o EMD .
4 . As leis existentes realçam a necessidade de se formarem mais especialistas em medicina desportiva . Com pretende intervir para se operacionalizar a Portaria que consagra este internato médico ( Portaria n .º 302 / 2009 , de 24 de Março )?
Como já afirmei , temos já definidos os passos e as diferentes etapas da nossa intervenção no que respeita à medicina desportiva . Uma dessas etapas passa por articular com a Ordem dos Médicos e respectivo Colégio de Medicina Desportiva . Certo é que este problema é transversal no domínio das políticas públicas , pelo que nesse contexto vimos articulando com outros membros do Governo , designadamente nas áreas da saúde , educação e ciência . Cumprida esta etapa propiciaremos uma consulta e uma acção tão alargadas , concretas e rápidas quanto possível .
5 . Os Centros de Medicina Desportiva são locais importantes no apoio médico ao praticante desportivo . Contudo , fica um pouco a ideia que se limitam a fazer exames médico-desportivos … O que acha da sua dinâmica ?
A ideia a que se refere não é consensual , embora reconheça que não é única . Verdade é que dinâmica dos Centros de Medicina Desportiva é , fundamentalmente , da responsabilidade dos seus diretores , pelo
2 · Janeiro 2012 www . revdesportiva . pt
Entrevista
Rev. Medicina Desportiva informa, 2012, 3 (1), pp. 2–3
Mestre Alexandre
Miguel Mestre
se ficam apenas pela questão da
competência ou especialização do
técnico que o realiza. Não vou acrescentar muito mais a este ponto, uma
vez que estamos a trabalhar sobre
ele, mas posso adiantar que já temos
um cronograma com os passos
necessários a dar para encontramos
uma solução para os problemas que
se levantam com o EMD.
Secretário de Estado do Desporto e Juventude*
1. Após cerca de 6 meses de
governação, como carateriza
o actual apoio médicodesportivo?
O apoio médico-desportivo
ao atleta está consignado na
lei. Procurámos incentivar o
clubes, associações, federações
e demais entidades, designadamente as coletividades promotoras
de desporto, em vista de instituírem gabinetes de apoio à saúde
dos praticantes, definindo mesmo
que os técnicos devem ser especializados em medicina desportiva. A
organização da medicina desportiva
previa, até Outubro do corrente ano,
três centros nacionais de medicina
desportiva. Contudo, a racionalização dos meios e recursos, bem como
os dados obtidos relativos à gestão
destas unidades, levou à decisão de
manter em funcionamento um centro nacional de medicina desportiva
em Lisboa com uma subdelegação
no Porto. Está no nosso horizonte
encontrar soluções para as restantes
áreas do país, assim como para as
Regiões Autónomas da Madeira e
Açores. Com o número de especializados em medicina desportiva que
existem em Portugal, estão reunidas as condições para que o apoio
médico-desportivo seja efectivo e
eficaz.
2. O programa do Governo refere
a implementação da prática
desportiva para toda a população.
Como pretende levar a cabo esta
nobre ideia? Os médicos com
formação serão chamados para
colaborarem?
Nos tempos de constrangimentos
financeiros que atravessamos vai
ser, certamente, com muita criatividade e inovação. Vamos colaborar mais de perto com as Escolas,
Institutos Politécnicos e Universidades, e outras entidades, designadamente as Colectividades de Cultura,
Recreação, Lazer e Desporto, que
representam mais de 18.500 clubes
no país. Vamos intensificar parcerias
com os municípios e com as sociedades científicas responsáveis, pelo
que, natural e necessariamente, a
SPMD não será excluída. Os médicos
serão chamados a colaborar até na
definição de novos rumos, como por
exemplo para o futuro do Exame
Médico Desportivo (EMD).
3. O exame médico-desportivo é o
1º passo para a prática desportiva.
A lei prevê que possa ser realizado
por qualquer médico, mas
pressente-se que nem sempre haja
cuidado na sua realização. É para
manter esta situação?
Estamos a trabalhar neste assunto,
estudando e escutando múltiplos
contributos. Porventura, no que se
refere ao EMD os pontos críticos não
2 · Janeiro 2012 www.revdesportiva.pt
4. As leis existentes realçam a
necessidade de se formarem
mais especialistas em medicina
desportiva. Com pretende intervir
para se operacionalizar a Portaria
que consagra este internato
médico (Portaria n.º 302/2009, de
24 de Março)?
Como já afirmei, temos já definidos os passos e as diferentes etapas
da nossa intervenção no que respeita à medicina desportiva. Uma
dessas etapas passa por articular
com a Ordem dos Médicos e respectivo Colégio de Medicina Desportiva. Certo é que este problema é
transversal no domínio das políticas
públicas, pelo que nesse contexto
vimos articulando com outros membros do Governo, designadamente
nas áreas da saúde, educação e
ciência. Cumprida esta etapa propiciaremos uma consulta e uma acção
tão alargadas, concretas e rápidas
quanto possível.
5. Os Centros de Medicina
Desportiva são locais importantes
no apoio médico ao praticante
desportivo. Contudo, fica um pouco
a ideia que se limitam a fazer
exames médico-desportivos…
O que acha da sua dinâmica?
A ideia a que se refere não é consensual, embora reconheça que não
é única. Verdade é que dinâm )́
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