FAMÍLIA
Filantropia
ajudar
faz bem
“QUANDO PRATICO O BEM, sinto-me
bem; quando pratico o mal, sinto-me
mal. Eis a minha religião”. A frase do
16º presidente dos EUA, Abraham
Lincoln (1809-1865), estadista que
aboliu a escravidão em seu país,
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retrata bem o valor do voluntariado.
Respeitados os seus devidos ritos,
a atividade é simples: o voluntário
transforma-se em doação e promove o
que se classifica como o lado bom do
ser humano.
Tema desta reportagem, o
voluntariado é uma prá ca que encontra
adeptos entre os funcionários do
Conselho. O colega Adalto de Jesus
Vieira Pinto, agente administra vo na
UOP Santana de Parnaíba, é um deles –
tendo sido, inclusive, o autor da sugestão
que suscitou a matéria. Adalto faz um
trabalho voluntário junto à Comunidade
de Amor Rainha da Paz (para conhecer,
acesse h p://abcrainhadapaz.org.br),
associação sem fi ns lucra vos criada para
dar assistência a crianças e adolescentes
carentes e com defi ciências múl plas –
atualmente são aproximadamente 370
crianças assis das.
O agente administra vo colabora
com a ins tuição há mais de quatro anos.
Sempre que pode, auxilia nas festas
promovidas para arrecadar recursos e,
ro neiramente, converte seus créditos
da Nota Fiscal Paulista para a en dade.
“Ajudo principalmente nas quermesses,
devido ao meu horário no Conselho,
mas minha esposa, Valdirene, já é
colaboradora em tempo integral
há mais de um ano, e minha
fi lha, Mariana, de 14 anos,
em suas férias escolares,
também auxilia as
cuidadoras e alimenta
as crianças”, conta o
nosso entrevistado,
reforçando
que considera
“importante mostrar a
grandiosidade da obra e
também o que eu posso
chamar de engenharia caridosa, já
que a Rainha da Paz chega a construir
casas e reformar muitas outras para
as famílias atendidas”.
A inspiração de Adalto para causas
sociais “vem desde criança, quando me
espelhava em meus pais e também na
família da minha esposa. Somos de famí-
lias simples, em que é quase natural um
ajudar o outro”.
O primeiro contato com a Rainha da
Paz não foi diferente. “Ao ver que uma pe-
quena ajuda faz enorme diferença na vida
das crianças e de suas famílias, reavaliei
algumas prioridades e, sempre que posso,
arregaço as mangas e ajudo”, conta Adalto.
Dedicação ao
BEM SOCIAL
PESSOAS COMO O Adalto e
sua família são consideradas vo-
luntárias por defi nição. Segun-
do as Nações Unidas, “voluntá-
rio é o jovem ou o adulto que,
devido a seu interesse pessoal
e ao seu espírito cívico, dedica
parte do seu tempo, sem re-
muneração alguma, a diversas
formas de a vidades, organiza-
das ou não, de bem-estar social
ou outros campos”.
Já a Fundação Abrinq
pelos Direitos da Criança
chegou a um conceito de
voluntariado mais complexo:
“O voluntário é um ator social
e agente de transformação
que presta serviços não
remunerados em bene cio
da comunidade; doando seu
tempo e conhecimentos,
realiza um trabalho gerado
pela energia de seu impulso
solidário, atendendo tanto às
necessidades do próximo ou aos
impera vos de uma causa, como
às suas próprias mo vações
pessoais, sejam estas de caráter
religioso, cultural, fi losófi co,
polí co, emocional”.
Além de Adalto, há
no Conselho outros
colaboradores que preenchem
tais requisitos e que revelam
histórias inspiradoras o
sufi ciente para mo var ainda
mais pessoas a pra car o
voluntariado, uma das mais
nobres virtudes humanas.
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