HISTÓRIA
ANGKOR CAMBOJA
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patrimônios mundiais
da humanidade
pouco conhecidos
Um patrimônio mundial da humanidade
é um sí o arqueológico ou uma área
designada pela Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco) por possuir defi nição
cultural, histórica, cien fi ca ou natural.
Essa localidade é legalmente resguardada
por tratados internacionais, devido aos
seus atributos julgados formidáveis para
os interesses da humanidade.
Hoje em dia existem mais de 1.030
sí os espalhados por 160 países, como
as Grandes Pirâmides, no Egito; a
Grande Muralha, na China; a Estátua
da Liberdade, nos EUA; a Cidade de
Teo huacán, no México; a cidade perdida
de Machu Pichu, no Peru; e as Cataratas
do Iguaçu, localizadas entre o Brasil e a
Argen na.
A seguir você vai conhecer cinco
patrimônios não muito badalados, mas
repletos de segredos.
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R E V I S T A CREA-SP
Sí o arqueológico localizado no
sudeste asiá co. E mologicamente
falando, seu nome, em sânscrito arcaico,
signifi ca “cidade”. Estendendo-se por
cerca de 400 km² (maior cidade pré-
industrial do mundo), incluindo áreas
fl orestais, o Parque Arqueológico de
Angkor contém os resquícios da capital
do Império Khmer, em vigor entre o
século IX e o XV. Além disso, o parque
mantém o Templo de Angkor Wat,
considerado o maior santuário religioso
do mundo e, em Angkor Thom, o Templo
de Bayon, com suas inúmeras decorações
esculturais.
GOBEKLI TEPE TURQUIA
Centrado nas montanhas de Germus,
sudeste da Anatólia – atual Turquia – o
sí o abrange uma área de 126 hectares
e está localizado na Alta Mesopotâmia,
entre os rios Tigre e Eufrates, na encosta
das Montanhas Taurus, região que
viu o surgimento das comunidades
agrícolas mais arcaicas do mundo. O
espaço consiste em um conjunto de
estruturas de pedra megalí cas, ou
seja, base apoiada sob grandes blocos
de pedras rudes, e outros edi cios não
monumentais, erguidos por grupos de
caçadores-coletores na era pré-cerâmica
– Período Neolí co (de 10 a 9 milênios
a.C). As estruturas monumentais são
interpretadas, de acordo com o processo
de nomeação, como recintos que fazem
parte de um centro ritual neolí co. Os
monumentos foram usados em conexão
com cerimoniais públicos - possivelmente
de natureza funerária - e fes vos. Os
pilares em forma de T são esculpidos
com imagens de animais selvagens,
fornecendo informações sobre o costume
de vida e as crenças das pessoas que
moraram na Alta Mesopotâmia há cerca
de 11.500 anos. Fica o ques onamento:
como isso tudo foi erguido por caçadores-
coletores muito antes da invenção da
escrita e do aparecimento do homem
civilizado?
TIMBUKTU MALI
Sede da Universidade Koranic
Sankore e templo de estudos da religião
muçulmana (madraça), Timbuktu foi
fundada em 1.100. Era considerada
capital intelectual e espiritual, além
de ser um centro para a propagação
do Islã em toda a África nos séculos
XV e XVI. Suas três grandes mesquitas,
Djingareyber, Sankore e Sidi Yahia,
revelam informações sobre o Império
Songai. Embora con nuamente
restaurados, esses monumentos estão
hoje ameaçados de deser fi cação, ou
seja, em processo de mudança ambiental
ou climá ca que leva à formação de
uma paisagem árida ou de um deserto
propriamente dito.
TIWANAKU BOLÍVIA
A cidade de Tiwanaku, capital do
império pré-hispânico que dominou a
área sulista dos Andes, alcançou seu
auge entre 500 e 900 d.C. Suas ruínas
monumentais atestam a defi nição
cultural e polí ca dessa civilização,
que começou como um pequeno
assentamento e posteriormente
progrediu em uma cidade planejada por
volta de 400 d.C.
A expressão máxima dessa cultura
é refl e da no ritual cívico organizado
de forma espacial, com um centro
determinado para cada um dos pontos
cardeais, construído com silhares de
pedras esculpidas de forma precisa,
que contém um sistema
de drenagem subterrânea
controlando o fl uxo de águas
pluviais. A Porta do Sol é o
mais importante monumento
dessa cidade, pesando 12
toneladas. No centro existe
a fi gura de um homem com
a cabeça rodeada por 24
raios lineares, que podem
representar raios do sol ou o
“Deus Sol”. Na língua aymará,
Tiwanaku signifi ca “centro do
mundo”.
ULURU KATA TJUTA
AUSTRÁLIA
Anteriormente chamado
de Parque Nacional Ayers
Rock - Monte Olga, esse
parque apresenta formações
geológicas predominantes
na vasta planície arenosa
vermelha da Austrália central.
Uluru, que possui uma pedra
de grandes proporções –
com 8 km de circunferência,
estendendo-se por 2 km de
profundidade – e Kata Tjuta,
local onde há cúpulas rochosas
fi xadas a oeste dos minérios,
fazem parte do sistema
tradicional de crenças de uma
das mais an gas sociedades
humanas do mundo: o povo
aborígene Anangu.
Quer conhecer mais
sobre os patrimônios
mundiais da humanidade?
Acesse: http://www.unesco.
org/new/pt/brasilia ◘
Colaboração: Djalma Campos
Guimarães Filho (Unidade de
Fiscalização e Registro)
R E V I S T A CREA-SP
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