A M Á L I A & S Í LV I A
Fruto de uma união que durou 50
anos, fi lhas do casal Sérgio e Iracema,
as agentes administra vas Amália
Beatriz Sargen e Sílvia Regina Sargen
nasceram e foram criadas em Ribeirão
Preto. “Não ve muita convivência com
meus irmãos devido à grande diferença
de idade, pois sou a caçula. Meu irmão
Sérgio é 14 anos mais velho e minha
irmã Silvia, nove. Quando eu nha seis
anos, meu irmão casou-se e foi morar
em São Paulo e minha irmã, quando eu
nha nove, já estudava fora, em São
Carlos”, diz Amália.
Situação diferente que a vivida por
suas fi lhas. “Tenho duas fi lhas do meu
primeiro casamento: Alicia, 24 anos, e
Cin a, 20, que são bem companheiras
e cúmplices”, diz. Silvia estudou fora,
trabalhou em diferentes cidades, morou
no exterior por dois anos, não casou e
nem tem fi lhos.
“Com o falecimento da nossa
avó, quando a Amália nha apenas
quatro anos passou a ser cuidada pelas
madrinhas portuguesas Hilma e Glorinha,
conhecidas pela famosa festa de
distribuição de pãezinhos no Dia de Santo
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R E V I S T A CREA-SP
Antônio na capelinha Santo Antônio dos
Pobres”, diz Silvia.
Hoje os irmãos moram em cidades
diferentes: Amália em São José do Rio
Preto, Silvia em São Carlos e Sérgio no
Rio de Janeiro. Mesmo com a distância,
“Sempre contei com eles, são meu porto
seguro em qualquer situação”, diz Amália.
No Crea-SP há 12 anos, Amália
sempre trabalhou na Unidade de São
José do Rio Preto, com a vidade mais
voltada para o setor de fi scalização
(análise de processos SF e é ca). Doutora
em Química, Sílvia tem oito anos de
casa, sempre na Unidade de São Carlos
cuidando de assuntos relacionados a
profi ssionais. “Aliás, foi a minha irmã
quem pagou minha inscrição no concurso
e me disse para prestar”, conta.
Sobre serem parecidas, Amália
comenta: “Brincamos que é ‘tudo a
mesma forma’”, sendo complementada
pela irmã: “Engraçado é quando tem os
treinamentos com todos os atendentes
e alguém passa por mim ou por ela e nos
cumprimenta como se fossemos a outra...
Ou quando alguém me vê loira e pergunta:
mas você não era ruiva? (risos)”.
Com um ano e um mês de diferença,
os agentes administra vos Thaís
Fernanda Gobbi Gonçalves e Thiago
Raphael Gobbi Gonçalves nasceram em
Ourinhos. “Nossa infância foi a melhor
época de nossas vidas, brincávamos
na rua, éramos muito unidos, um não
saía sem o outro; éramos apenas nós e
nossa mãe, que trabalhava e estudava.
Durante nossa adolescência minha mãe
casou-se novamente e, quando eu nha
15 anos, nasceu a Rebeca, nossa irmã
mais nova”, relata Thaís.
Com o tempo, o relacionamento
mudou. “Tínhamos uma coisa meio
simbió ca, não nos separávamos por
nada, íamos para a escola juntos,
fazíamos as refeições juntos, nossos
amigos e brincadeiras eram em comum,
jogávamos bola na rua, mas também
brincávamos de casinha, não nha essa
coisa de menino e menina, vemos uma
criação bem igualitária. Na adolescência,
começamos a nos separar, eu achava
o Thiago muito novo e queria ir para
a balada sem ele; ele queria ir junto,
mas com o tempo preferiu sair com os
amigos”, diz.
Hoje moram em cidades diferentes,
mas a ro na administra va é
semelhante: Thaís tem 16 anos de casa
e trabalha na UGI Marília e Thiago tem
oito e está na UGI Ourinhos. “Somos
muito parecidos fi sicamente, todos
percebem que somos irmãos, mesmo
o Thiago sendo mais moreno que eu”,
diz a irmã, lembrando que os fi lhos de
ambos também são muito ligados e têm
muitas afi nidades.
“Uma vez atendi pessoalmente
a secretária de uma empresa com
escritório em Ourinhos e ela me disse
que havia um funcionário novo naquela
cidade, que era muito bonito, era um
ga nho... modés a à parte, mas eu disse
que era meu irmão”, diverte-se.
Com uma diferença de quatro anos,
as também agentes administra vas
Ana Claudia Rodrigues e Márcia Maria
Rodrigues Pereira nasceram e vivem em
Mogi Guaçu. “Nascemos em anos de
Copa do Mundo”, destaca Claudinha, que
tem uma irmã e um irmão mais velhos.
Márcia é a caçula da família.
“Nossa infância foi tranquila, brincáva-
mos muito de casinha e boneca. Apesar de
morarmos no Interior, nossa mãe nunca
nos deixou brincar na rua”, diz Claudinha.
“Nosso relacionamento melhorou muito
com o passar dos anos. Quando eu nasci,
a Claudia fi cou com muitos ciúmes porque
era a caçula. Depois aprendemos a brincar
juntas. Na adolescência saíamos juntas e,
agora, fi camos pra camente todos os dias
juntas”, diz Márcia, complementada pela
irmã. “Nossas afi nidades aumentaram,
nós sabemos o que uma quer dizer apenas
pelo olhar”.
Apesar da grande diferença de tempo
de casa (Cláudia está no Crea-SP há 27
anos, desde a instalação da Unidade no
município, e Márcia há oito), também
estão sempre em sintonia quando o
assunto é trabalho. “Dizem que temos
a voz parecida, então trocam os nossos
nomes e acham que já nham conversado
conosco anteriormente (por telefone)”.
Embora rem férias em datas
diferentes, estão sempre juntas: no
trabalho, no horário de almoço... Márcia
é casada, mas ainda não tem fi lhos.
“Gostaria que eles fossem criados unidos
e fossem dormir nas casas dos primos e
avós, como nós fi zemos”, conclui.
(*) Agradecimentos especiais ao
Departamento de Recursos Humanos pelo
apoio no levantamento dos funcionários
que são irmãos. Todas as 13 duplas foram
convidadas a par cipar da reportagem
e as histórias que você acabou de ler
referem-se àquelas que toparam o desafi o
e colaboraram com o nosso trabalho.
THAÍS & THIAGO
CLÁUDIA & MÁRCIA
Jornalista Perácio de Melo
R E V I S T A CRE
CREA-SP
CREA
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