MUNDO VIRTUAL
BACKUP
PORQUE O
SEGURO MORREU
DE VELHO
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R E V I S T A CREA-SP
UMA DAS MAIS VALIOSAS LIÇÕES que
aprendi no exercício de minha profissão é que
nenhuma tecnologia é totalmente confiável.
Pouco importa o quão novo é seu hardware,
o quão atualizado é o software ou quanta
experiência você tenha. A probabilidade de que
algo apresente um problema sempre existe!
E muitas destas vezes o que uma falha com-
promete são os seus arquivos: fotos, músicas,
planilhas, monografias, projetos, documentos,
e-mails…. Aí só nos resta verificar se existem
cópias destes arquivos – um backup - em algum
lugar seguro.
Mas, afinal, o que exatamente é um backup?
Para entender este termo devemos compreen-
der que os dados são a parte mais importante
de um dispositivo de TI. Para exemplificar: eu
consigo adquirir um novo notebook ou um novo smar-
tphone em substituição a um danificado, mas jamais as
fotos de família do último ano novo ou aquela monografia
que demorou mais de um ano para ficar pronta.
Uma vez que entendemos a importância que os
dados têm, podemos agora pensar nas consequências
caso esta ou aquela informação ficasse inacessível ou
perdida para sempre. O que você faria para evitar uma
situação dessas? Se sua resposta foi fazer cópias dos
arquivos mais importantes, então parabéns: backup é
exatamente isso.
Agora que sabemos a importância, vem a primeira
dúvida: com que frequência devemos realizar essa cópia
de segurança? A resposta é: depende. Devemos, a princí-
pio, pensar na frequência em que os arquivos em questão
são modificados.
Por exemplo: fotos são arquivos que normalmente não
sofrem alteração. Nesse caso, uma cópia das fotos exis-
tentes é suficiente, desde que com alguma frequência se
adicione a essa cópia as novas fotos salvas. Por outro lado,
arquivos de texto que são alterados com frequência talvez
necessitem de uma cópia semanal ou mesmo diária.
Portanto a dica aqui é que quanto mais alterados são
os arquivos, uma maior frequência de cópias deve ser feita.
Outro aspecto importante é quantas cópias devem
ser mantidas simultaneamente. Para isso devemos levar
em conta a importância dos arquivos e os meios de arma-
zenamento disponíveis.
Em uma empresa é comum aquisição e administração
de servidores dedicados a essa tarefa. Ou ainda, depen-
dendo do volume e do porte do negócio, a contratação ou
criação de centro de dados (data centers) para gerenciar
os backups. Já a grande maioria dos usuários comuns não
necessita de nada tão avançado ou grandioso.
É isso. Espero sinceramente que uma perda impor-
tante de arquivos nunca aconteça. Mas tenha sempre em
mente que existe a probabilidade de um smartphone ser
roubado, um notebook ser criptografado por um vírus, os
arquivos sofrerem uma abdução alienígena... ou o mais
provável: você mesmo destruir seus arquivos sem querer!
Quem nunca? ◘
VEJAM ALGUMAS
DICAS ÚTEIS:
• Um arquivo importante pode ser
enviado para seu próprio e-mail,
anexando-o e o enviando para
você mesmo;
• Pendrive é hoje uma opção
barata e bastante eficaz para
backup de poucos arquivos. Para
não ter surpresas com um pen-
drive danificado, é interessante
a utilização de dois pendrives,
alternando-os a cada cópia. No
caso de um volume maior de
dados, pode-se pensar em uma
ou duas HDs externas;
• Manter uma cópia em um
serviço de armazenamento em
nuvem, como o Google Drive,
OneDrive ou Dropbox. Porém,
seja qual for o serviço, sempre
verifique as políticas de disponi-
bilidade, privacidade e confiden-
cialidade ofertadas.
• Guarde sempre as cópias em
meios físicos em lugares variados.
Colaboração: Evandro Lellis Remédio
(Unidade de Suporte ao Usuário)
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