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3. O USO NA HISTÓRIA E NA ATUALIDADE
Há mais de 8000 anos a humanidade convive em meio às drogas, neste
período a legislação mudou muito em relação a elas. Utilizadas para buscar novas
sensações, transgredir ou mesmo para fugir da realidade, as drogas já foram
adoradas como deuses, cultivadas como alimento e armazenadas como remédios.
A única lei que não mudou é a lei da física, qual diz que “a toda ação corresponde
uma reação”. Qualquer atitude a respeito das drogas surtirá um efeito maior ou
menor sobre nos mesmos e a sociedade 7 .
Segundo a ciência, drogas são substâncias psicoativas presentes em uma
infinidade de produtos muito consumidos. Então é muito provável que você, eu e
muitos outros já tenhamos consumido ou ainda consumamos algum tipo de droga.
As propagandas governamentais estimulam o pensamento de que apenas as
substâncias ilícitas podem ser chamadas de droga e que quem usa estas “coisas
do mal” são os “drogados”, mas se for considerado o que foi dito anteriormente
todos serão “drogados”, portanto.
O psicofarmacologista americano Ronald K Siegel, apud Vergara
onde afirma que “usar drogas pode ser considerado uma das
necessidades básicas do ser humano, uma motivação
“biologicamente inevitável”, ainda segundo ele, nosso sistema
nervoso responde às substâncias psicoativas da mesma maneira
que responde a comida, bebida, sono, sexo. Segundo ele um
indício de que este estímulo é biológico é o fato de que os animais
também consomem drogas. Ele comenta em seu livro casos de
animais que consomem plantas ou frutas com poderes psicoativos
com o único propósito de sentir o efeito, segundo Siegel, o homem
descobriu as substâncias psicoativas imitando os animais” 8 .
A explicação mais aceita pelos pesquisadores é que os seres humanos usam
drogas apenas porque elas dão prazer. As substâncias psicoativas dão prazer para
todos os gostos, quem quer ficar ligadão opta pelos estimulantes, quem quer
relaxar opta pelos opiácios, álcool ou tranquilizantes, quem quer ver as coisas de
maneira diferente prefere os alucinógenos.
Richard Davemport-Hines apud Vergara que pesquisou 500 anos de história
das drogas lembra que há outras atividades que dão barato: “algumas pessoas
6
7
Vergara, 2003 p.10
Ibid p.14