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quase nenhum comerciante cumpre a lei, qualquer criança consegue comprar
cigarros ou bebidas alcoólicas.
A quarta categoria é a que abrange as substâncias psicoativas de uso e
comercialização totalmente liberadas: cafeína, chocolates, refrigerantes, chás e
outros.
Ainda segundo Vergara, “as drogas ilegais fazem mal à saúde, sem
dúvida, mas não é preciso pesquisar muito para ver que o álcool,
cuja venda é quase totalmente liberada é de longe a droga mais
consumida no mundo e hoje causa mais males que a cocaína e a
heroína juntas 46 ”.
Vergara cita o psiquiatra Dartiu Xavier, que diz que “não há um único relato de
dependência do santo-daime, e isso vale para outros alucinógenos, com o LSD 47 ”
mostrando que nem todas as drogas ilegais causam dependência.
De acordo com dados oficias do departamento de saúde dos EUA, a nicotina,
presente no cigarro é disparada a droga com maior poder viciante, causando
dependência em cerca de 80% dos usuários, já a cocaína, uma das drogas mais
preocupantes, vicia cerca de 22% dos usuários.
Ainda segundo Vergara, um dos defensores de que as drogas se diferenciam
com base na moral é o pesquisador americano James Q. Wilson, “a nicotina e a
cocaína causam vicio e as duas fazem mal à saúde” admite ele, diz ainda que “o
cigarro não destrói a humanidade da pessoa como a cocaína. O crack corrói os
sentimentos naturais de simpatia e obrigação, que constituem a natureza humana e
tornam possível o convívio social 48 ’’.
Segundo Vergara, além das categorias já citadas as drogas são
divididas ainda em três grandes grupos, de acordo com seu efeito
no sistema nervoso central. Os estimulantes aumentam a atividade
nervosa, os depressores fazem esse ritmo diminuir, os
perturbadores ou alucinógenos alteram o sistema nervoso central 49 .
O que não se deve, é sair por aí experimentando drogas para se concluir qual
causa ou não dependência, é preciso lembrar que todas são nocivas à saúde.
Vergara, 2003 p. 9
Ibid p.10
Loc. Cit.
Loc. Cit.