REVISTA CEP EM CENA REVISTA TEATRO CEP N1 | Page 12

C omo é o grupo com o qual você tra- balha? Há alguma restrição de pes- soas que podem participar dele? O grupo com que trabalho é composto por pessoas que têm interesse espontâneo em con- hecer e investigar sobre o fazer teatral. Os encon- tros acontecem no período da noite. O público interessado, de forma geral, são universitários, professores, estudantes de teatro e profissionais das mais diversas áreas. Os pontos restritivos à participação dos interessados na oficina de te- atro que conduzo é que tenham três dias dis- poníveis por semana para as aulas e idade igual ou superior a dezoito anos. Q ual gens? é a estética das suas mon- N ão gosto de nominações, elas são muito restritivas. Costumo dizer que teatro é teatro, in- dependente da linguagem. O que está em jogo é a qualidade e profundidade do que se apresenta. Claro, tenho as minhas predileções, que apon- tam para um tipo de teatro não psicologizado, menos naturalista e que o espectador não se identifique plenamente com o que vê. E quanto ao seu processo de tra- balho? O processo de trabalho começa com a preparação do grupo, que consiste em fazê-los compreender que toda atividade teatral é uma criação artificial, distanciada dos conteúdos psi- cológicos pessoais; que o palco não é espaço para a sublimação egocêntrica do eu, e que a arte te- atral faz-se para o outro e não para si. Q uais foram as peças que você mon- tou aqui no Colégio Estadual do Paraná? A primeira montagem foi em 2006, AQUELE QUE DIZ SIM, AQUELE QUE DIZ NÃO, texto do alemão Bertold Brecht. Em 2007, a escolha foi falar sobre a escola e ap- ropriado para isso foi o texto de Naum Alves de Souza e a sua AURORA DA MINHA VIDA que os anos não trazem mais. ATENTADOS, de Martin Crimp, foi a peça montada no ano de 2008, com o elenco que in- tegrava o grupo de teatro do Colégio Estadual do Paraná.