Revista Cenariun - Terraço 21 RC TERRAÇO 21 E-MAG | Page 54

juventude acumulada Hélia Lenza Gratão [email protected] SELF ESTENDIDO Self estendido e posse no local de trabalho converge em maior rentabilidade. H Imagem: Divulgação Esse incorporar objetos a extensão do eu, torna evidente as posses, que podem estar ligadas a família e ao trabalho. Posses confirmadoras da identidade e demonstradoras de status, gozo pessoal e como valor perante o grupo. Dessa forma algumas táticas, de pouca duração, como observar objetos pessoais, o bate papo no cafezinho, o olhar pela janela ao léu, assumem a função de amenizar tensão proveniente da ansiedade que surge da própria ação profissional. Conclui- se que o self estendido nada mais é do que a extensão do eu no ambiente de trabalho, o compartilhar da própria vida, a intimidade com os colegas, tornando as relações mais amigáveis, o aproximar e dividir com a equipe momentos da vida, momentos de descontração que trazem profundo bem estar, criatividade e melhor produção. oje se vive a condição pós-moderna, onde o trabalho ocupa grande parte das atividades diárias, produzindo sentimentos contraditórios em relação aos demais segmentos da vida. Mesmo quando se tem o trabalho como produtivo e prazeroso, não apenas provedor, surge no ser a sensação de falta com a família, com o social e consigo mesmo. Na busca da compreensão desse contexto, chega-se ao entendimento da não fragmentação do ser , surgindo assim o self estendido. Foi por meio de estudo interpretativo de fotos que chegou-se a representação da identidade do ser, em seu ambiente de trabalho. Buscou-se a exposição de objetos pessoais no local de trabalho como: foto, computador, agenda, caneta, presente, amuleto, até mesmo o celular, que remetem a lembranças de momentos vividos: passeios, viagens, projetos, tornando as fronteiras entre casa e trabalho menos demarcadas. Um breve olhar nos objetos de uso pessoal e pequenos comentários, aproxima, reaviva e valoriza as instâncias que se vive.