juventude acumulada
Hélia Lenza Gratão
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SELF
ESTENDIDO
Self estendido e posse no local de trabalho
converge em maior rentabilidade.
H
Imagem: Divulgação
Esse incorporar objetos a extensão do eu, torna evidente
as posses, que podem estar ligadas a família e ao trabalho.
Posses confirmadoras da identidade e demonstradoras de
status, gozo pessoal e como valor perante o grupo. Dessa
forma algumas táticas, de pouca duração, como observar
objetos pessoais, o bate papo no cafezinho, o olhar pela janela
ao léu, assumem a função de amenizar tensão proveniente da
ansiedade que surge da própria ação profissional. Conclui-
se que o self estendido nada mais é do que a extensão do eu
no ambiente de trabalho, o compartilhar da própria vida,
a intimidade com os colegas, tornando as relações mais
amigáveis, o aproximar e dividir com a equipe momentos da
vida, momentos de descontração que trazem profundo bem
estar, criatividade e melhor produção.
oje se vive a condição pós-moderna,
onde o trabalho ocupa grande parte das
atividades diárias, produzindo sentimentos
contraditórios em relação aos demais segmentos
da vida. Mesmo quando se tem o trabalho como
produtivo e prazeroso, não apenas provedor, surge
no ser a sensação de falta com a família, com o
social e consigo mesmo. Na busca da compreensão
desse contexto, chega-se ao entendimento da não
fragmentação do ser , surgindo assim o self estendido.
Foi por meio de estudo interpretativo de fotos que
chegou-se a representação da identidade do ser, em
seu ambiente de trabalho. Buscou-se a exposição de
objetos pessoais no local de trabalho como: foto,
computador, agenda, caneta, presente, amuleto,
até mesmo o celular, que remetem a lembranças
de momentos vividos: passeios, viagens, projetos,
tornando as fronteiras entre casa e trabalho menos
demarcadas. Um breve olhar nos objetos de uso
pessoal e pequenos comentários, aproxima, reaviva
e valoriza as instâncias que se vive.