Revista Cenariun - NORTESYS RC NORTESYS | Page 13

Mauricio Luiz Diamantino Engenheiro Agrônomo pela UNESP, Gestor em Logística e Produção Sustentável pela UFT Mestrando em Defesa Sanitária Vegetal pela UFV AGRONEGÓCIO DECIFRA-ME OU TE DEVORO ! A gradeço a todos da CENARIUN que nos con aram à responsabilidade de neste valioso espaço, retratar uma atividade com grande capacidade de se reinventar, sempre em busca da excelência. Dos desa os enfrentados pelo agronegócio, destaco aqui, que até o ano de 2010, a produção de bananas no Estado do Tocantins, ainda não convivia com a Sigatoka Negra, causada pelo agente etiológico, o fungo Mycosphaerella jiensis, que tem como uma de suas principais características, a alta capacidade de disseminação e dispersão dos esporos do fungo, com a colaboração de inúmeros vetores (homens, veículos, mudas, vento). Cabe a nós informar que, a Sigatoka Negra é uma doença foliar, bastante agressiva, que começa pelas folhas mais novas e evolui para as mais velhas, provocando sintomas típicos como estrias marrons e manchas negras necróticas que reduzem os tecidos fotossintetizantes, comprometendo a bananeira e a sua produção como um todo. O elevado nível de perdas afetou o sistema produtivo das bananeiras e do agronegócio tocantinense, uma vez que os Estados onde a doença foi constatada, restringiu o trânsito interestadual das frutas, folhas e rizomas das bananeiras, conforme legislação vigente (Instrução Normativa DSA MAPA 17/2005). Diante dessa situação crítica, os bananicultores do Estado do Tocantins, precisaram adequar-se a um novo modelo de gestão de estabelecimento rural, com a implantação do Sistema de Mitigação de Risco para a Sigatoka Negra (Mycosphaerella jiensis). Após a implementação do manejo integrado de pragas e doenças, das boas práticas agrícolas associadas às tecnologias preconizadas na propriedade, estruturação física e de processos da Casa de Embalagem, conferiu signi cativa qualidade na produção de frutas e segurança tossanitária. Esse modelo de gestão implantado nas propriedades rurais do Estado do Tocantins proporcionou um maior controle de qualidade na produção, possibilitando abertura de mercado e a retomada de exportações interestaduais. Permitiu também aos fruticultores a expansão da área plantada, do número de empregos, e por m assegurar a sua competitividade. Fotos: Mauricio Luiz Diamantino