Mauricio Luiz Diamantino
Engenheiro Agrônomo pela UNESP,
Gestor em Logística e Produção Sustentável pela UFT
Mestrando em Defesa Sanitária Vegetal pela UFV
AGRONEGÓCIO
DECIFRA-ME OU TE DEVORO !
A
gradeço a todos da CENARIUN que nos
con aram à responsabilidade de neste valioso
espaço, retratar uma atividade com grande
capacidade de se reinventar, sempre em busca da
excelência.
Dos desa os enfrentados pelo agronegócio, destaco
aqui, que até o ano de 2010, a produção de bananas no
Estado do Tocantins, ainda não convivia com a Sigatoka
Negra, causada pelo agente etiológico, o fungo
Mycosphaerella jiensis, que tem como uma de suas
principais características, a alta capacidade de
disseminação e dispersão dos esporos do fungo, com a
colaboração de inúmeros vetores (homens, veículos,
mudas, vento).
Cabe a nós informar que, a Sigatoka Negra é uma doença
foliar, bastante agressiva, que começa pelas folhas mais
novas e evolui para as mais velhas, provocando sintomas
típicos como estrias marrons e manchas negras
necróticas que reduzem os tecidos fotossintetizantes,
comprometendo a bananeira e a sua produção como um
todo.
O elevado nível de perdas afetou o sistema produtivo
das bananeiras e do agronegócio tocantinense, uma vez
que os Estados onde a doença foi constatada, restringiu
o trânsito interestadual das frutas, folhas e rizomas das
bananeiras, conforme legislação vigente (Instrução
Normativa DSA MAPA 17/2005).
Diante dessa situação crítica, os bananicultores do
Estado do Tocantins, precisaram adequar-se a um novo
modelo de gestão de estabelecimento rural, com a
implantação do Sistema de Mitigação de Risco para a
Sigatoka Negra (Mycosphaerella jiensis).
Após a implementação do manejo integrado de pragas e
doenças, das boas práticas agrícolas associadas às
tecnologias preconizadas na propriedade, estruturação
física e de processos da Casa de Embalagem, conferiu
signi cativa qualidade na produção de frutas e
segurança tossanitária.
Esse modelo de gestão implantado nas propriedades
rurais do Estado do Tocantins proporcionou um maior
controle de qualidade na produção, possibilitando
abertura de mercado e a retomada de exportações
interestaduais. Permitiu também aos fruticultores a
expansão da área plantada, do número de empregos, e
por m assegurar a sua competitividade.
Fotos: Mauricio Luiz Diamantino