Revista Casa do Beisebol Edição#2: Setembro, 2017 | Page 57

O aumento de home runs é mais que um fato isolado, mas a expressão das transformações em curso no beisebol - ou pelo menos na MLB. As peculiaridades do beisebol referentes às diferentes estratégias e “tipos” de jogadores que compunham os lineups e as rotações tem sumido frente à uma nova “obsessão pela força”.

Este é mais um indício da homogeneização do jogo que atualmente cultua o walk, o shift e o home run, e despreza o bunt e a base roubada (que se não são as ferramentas mais efetivas do jogo, são coisas que fazem parte da atmosfera do beisebol enquanto esporte que além de competição é também o entretenimento e lazer de muitas pessoas).

Não se está aqui defendendo a “volta do beisebol raíz”. As estatísticas analíticas vieram para ficar e trouxeram um avanço fenomenal para o esporte que sem dúvidas tem mais aspectos bons que ruins. O que se defende aqui é justamente que a reflexão seja permanente, e não estancada como a “obsessão a sabermetria” tal qual foi delineada há décadas.

É preciso pensar as formas de jogo que sejam eficientes tanto do ponto de vista competitivo, quanto de agrado ao público que assiste e é fã do esporte, e ter consciência de que nunca haverá uma resposta única a isso.

Atualmente, a aposta em um lineup com arremessadores com alta taxa de strikeouts e rebatedores com muitos HRs parece ser a fórmula mais apropriada para o sucesso, mas não podemos esquecer que existem outras formas de vencer, aproveitando os talentos que se tem a mão no momento - e cujos recentes casos do Kansas City Royals e San Francisco Giants campeões são grandes exemplos disso.

Conclusões