Revista Casa do Beisebol Edição#2: Setembro, 2017 | Page 14

Já entre os maiores de todos os tempos no ataque. Em wRC+ na carreira, Votto aparece entre os 12 melhores da história (158). À frente dele, entre os jogadores da atual geração, apenas Mike Trout também está em atividade. Uma lista que Babe Ruth lidera e Ted Williams fica em segundo.

Estamos diante de um dos maiores da história e ponto final. Não há muita discussão contrário sobre isso. Entre jogadores de primeira base na era World Series (desde 1903), Votto é o segundo maior da história em wRC+ — atrás apenas de Lou Gehrig.

Quer uma estatística menos complicada? Sem problema. Nesse mesmo período que conta 114 anos de beisebol, ele é o terceiro em porcentagem em base — apenas Gehrig e Jimmie Foxx ficam à frente.

Claro que a carreira de Albert Pujols não acabou, mas com o declínio vertiginoso do jogador do LA Angels desde 2012 e o excelente momento de Votto, é justo projetar que, quando a carreira de ambos terminar, o canadense estará em um patamar maior na história do beisebol.

Esse é o mais incrível sobre

Numa era em que os contratos grandes geralmente são condenados ao fracasso, ao que tudo parece o vínculo gigantesco de Votto terá o mesmo destino do contrato de Scherzer — em que os muitos anos de contrato compensam para veteranos acima dos 30 anos.

Além de tudo isso, há alguns fatos que incrementam ainda mais na trajetória de Votto. No dia 27 de agosto deste ano, por exemplo, contra o Pittsburgh Pirates, Votto viu 43 arremessos e não teve nenhum at bat oficial na partida. Foram cinco walks conseguidos no total, aumentando ainda mais sua porcentagem em base.

Todos os números, energia para jogar, longevidade e estilo de jogo tornam Votto uma raridade no campo de beisebol. Um ídolo que Cincinnati se orgulha de ter.

Votto. Não há absolutamente nada que aponta uma queda no seu jogo. Enquanto para Pujols, aos 34 anos ele já estava na descendente e longe do auge.

O canadense sustenta outra marca impressionante na carreira. Por enquanto, ele está com o aproveitamento no bastão em 30,0% contra canhotos — um feito raro para quem é canhoto e numa era de tanto platoons.

"Todo dia tenho a honra de vestir essa grande camisa e fazer o meu melhor. Amo esse jogo, e quero continuar fazendo durante muito tempo. Ainda sinto que estou em forma" — Votto.