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O rack (porta bagagem acima das
poltronas) entre a cabine e o
banheiro, servia de cabide para as
fatiotas (os trajes) de JK, pois só
usava terno com suspensórios. No
porão interno dianteiro, era a
sapataria e, ali estavam mais de
20 pares de calçados, todos de
marcas italianas, talvez feitas sob
encomenda, pois o presidente
tinha um problema no pé direito,
fruto de um acidente quando
criança.
Eram feitos voos para diversas
cidades no
país, mas
os
aeroportos que mais recebiam as
escaladas eram Brasília, Belo
Horizonte e Rio de Janeiro. Nos
voos, o Sr. Juscelino sempre era
acompanhado por políticos e,
raramente voava na companhia de
Dona Sara e suas filhas.
A vida operacional do avião
terminou no ano de 1970 quando
a Varig vendeu o avião já sem
motores e trem de pouso para a
empresa Barzenski móveis de
Garibaldi. O avião foi vendido por
CR$8.000,00. A empresa gastou
mais CR$5.000,00 no aluguel de
quatro carretas para o transporte
desmontagem do avião.
Desde 1978 a aeronave sofreu
diversas alterações na pintura,
passando de bar, display de posto
de combustíveis, de aviário e
propagada de danceteria e hoje
leva a pintura das cores da
bandeira do posto de combustível
onde está estacionado.
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