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Social
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Veremos a dificuldade da artista com a queda da bolsa de Nova York e como
afetou sua personalidade nas pinturas querendo retratar a realidade brasileira.
Texto por: Gabriela Bueno
A situação económica no Brasil não es-
tava muito boa após a quebra da bolsa de
valores de Nova York. A família de Tarsila
foi afetada por essa crise, o seu pai perdeu
muito dinheiro fazendo com que vendesse
as fazendas para pagar parte das dívidas,
devido à crise do café no país.
As viagens de Tarsila para a Europa di-
minuíram, além dos problemas financei-
ros, sofria problemas com o seu casamen-
to, agora com essas dificuldades, teria que
passar mais uma vez pela humilhação de
uma separação no casamento, sendo bem
difícil para ela e para a sua família. Os seus
pais deram apoio e consolo.
A pintora fez uma exposição em Moscou
(1931), e depois dessa viagem participa de
várias reuniões do partido comunista com
o seu namorado da época, o médico Osório
César. Abalada com a causa operária no
mundo e principalmente no brasil pintou a
obra “Operários” em 1993, a primeira com
a marca social do brasil.
Pintou também “Segunda Classe” no mes-
mo ano mostrando a realidade atual no
país e a grande crise difícil que passava, e
revelava o cuidado com a população, o tra-
balhador, as crianças e as fábricas mostran-
do o caráter social.
“Minha tela mais
importante é Operários.
Fiz tudo a partir de
fotografias e da memória
visual de algumas
pessoas que conhecia.”
Tarsila do Amaral em
entrevista a Paulo Portela.
SEGUNDA CLASSE, 1933, óleo
sobre tela, 110x151 cm. Coleção
particular, SP.
Outra tela da fase social da
pintora. Ela mesma contou que
certa vez chegou de viagem na
Estação de trem e viu uma família
muito pobre descendo do trem do
vagão da segunda classe, todos
descalços, muito simples e com
feições tristes. Esta cena ficou
gravada em sua mente e posterior-
mente Tarsila fez esta obra.
OPERÁRIOS, 1933, óleo sobre tela, 150x205 cm.
Acervo Artístico- Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo.
Pintura emblemática da arte brasileira. Foi a primeira com a conotação social tão
explícita. Depois de uma viagem para Moscou, onde fez uma Exposição em 1931,
Tarsila voltou sensibilizada com a causa operária e pintou esta obra. Alguns rostos são
de pessoas conhecidas como o arquiteto Warchavchik, a dançarina Elsie Houston e o
empregado de seu pai, o negro no centro do quadro, Benedito Sampaio.
Texto e imagens retiradas do site da Tarsila oficial
tarsiladoamaral.com.br