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Antoprofagia
Veremos um dos momentos mais importantes na carreira de Tarsila,
onde suas obras ficaram bem populares e a criação de umas de suas
obras mais importantes, o Abaporu.
Texto por: Gabriela Bueno
Tarsila estava empolgada, pois, queria
dar um presente para seu marido Oswald
de Andrade, e em uma noite sozinha pin-
tou o quadro mais popular de sua carreira
como pintora, o “Abaporu”, quando seu
marido viu a tela ficou fascinado e impres-
sionado dizendo que era o melhor quadro
que ela já havia feito.
Ele chamou seu amigo para apreciar a
obra com ele, e o mesmo mostrou a mesma
reação de Oswald, eles não sabiam o que o
quadro se tratava. Tarsila consultou um di-
cionário de Tupi Guarani, ela queria dar um
nome único e selvagem a sua criação e ba-
tizou de Abaporu, o que significa “homem
que come carne humana” o antropófago.
Assim a partir dessa obra Tarsila junto
de seu marido fundaram o movimento
antropofágico, a obra de Abaporu sim-
bolizou o movimento que queriam engolir
a cultura europeia que era a mais popular
da época, assim valorizando o nosso país e
a nossa arte e cultura.
Tarsila contou que o Abaporu era fruto de
imagens do seu inconsciente, e que tinha
haver com a lembrança das histórias que as
negras contavam para ela quando era ap-
enas uma menina da fazenda.
Oswald escreveu o manifesto antropofági-
co onde coloca “Tupi or not tupi” para
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mostrar a grande essência do movimento
criado. As obras de Tarsila no movimen-
to foi feita grande parte de seus sonhos
onde tinham as histórias infantis contadas
para ela, fazendo quadros que marcari-
am o período. Demorou muito para que a
tela do Abaporu fosse compreendida pe-
las pessoas, e principalmente para que se
tornasse uma das telas mais caras da
história brasileira. Em 1929 Tarsila fez sua
primeira exposição individual no Brasil,
neste mesmo ano teve a crise da bolsa de
Nova York com a crise do café no Brasil,
assim a vida da artista mudou completa-
mente, seu pai perdeu muito dinheiro teve
várias fazendas hipotecadas fazendo Tarsi-
la ir trabalhar para conseguir se sustentar.
Depois se separou de Oswald, pois, o mes-
mo a traiu com uma estudante de dezoito
anos conhecida como Pagu.
“Tarsila contou que o
Abaporu era fruto de
imagens do seu
inconsciente, e que tinha
a haver com a lembrança
das histórias que as
negras contavam para ela
quando era apenas uma
menina da fazenda.”
ANTROPOFAGIA, 1929, óleo sobre tela,
79x101 cm. Fundação José e Paulina
Nemirovsky, SP.
Nesta obra a pintora fez a fusão dos
quadros A Negra e o Abaporu. Alguns
elementos aparecem com diferenças das
obras originais. Os rostos da Negra e do
Abaporu estão diferentes, assim como os
pés e as mãos. Mas isso não interfere na
percepção da união das duas obras, e na
magnitude do conjunto formado.
Texto e imagens retiradas do site da Tarsila oficial
tarsiladoamaral.com.br