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Início do
Cubismo
Aqui veremos mais uma etapa das obras de
Tarsila onde o cubismo foi muito importante e
essencial para ela ingressar na modernidade.
Texto por: Gabriela Bueno
No ano de 1923 Tarsila estava em Paris
e passou uma boa parte do tempo lá com
seu namorado Oswald de Andrade, as
viagens a vapor eram bem populares na
época, seu pai era o maior apoiador para
suas viagens pelo mundo. Foi lá que ela
estudou com o mestre cubista Fernand
Léger, onde aprendeu várias técnicas no-
vas e fez o seu quadro mais popular “A
negra”. Ela mostrou para seu professor a
obra. Léger ficou impressionado e entusi-
asmado com a pintura, até mesmo cham-
ou outros alunos para apreciar a obra fei-
ta por Tarsila.
A obra “A negra” tem uma forte conexão
com sua infância na fazenda e no Brasil,
pois, as negras eram filhas de escravos e
que cuidavam das crianças, e quase sem-
pre eram usadas de amas de leite. Com
essa obra Tarsila conseguiu entrar para
a história da arte moderna brasileira, ab-
rindo caminho para outras mulheres in-
centivando as a entrar no mundo da arte.
A artista estudou também com grandes
mestres cubistas, como Lhotd e Gleizes.
Tarsila fez grandes amizades e conheceu
outros pintores e músicos, como o com-
positor Villa Lobos.
Ela gostava de fazer almoços bem bra-
sileiros para seus convidados em seu at-
eliê, como feijoada e sempre havia caip-
irinha à vontade. Sempre se vestia com
as melhores roupas da época de grandes
costureiros, como Paul Poiret e Jean Pa-
rou, ela era uma mulher da modernidade
e fora dos padrões.
Mas ela não estava muito feliz com o esti-
lo cubista isso ficou claro com a carta que
escreveu para sua amiga Anitta Malfatti
e que logo depois em Paris teve os seus
primeiros contatos com a modernidade
na arte francesa.
“A obra “A negra” tem
uma forte conexão com
sua infância na fazenda
e no Brasil, pois, as
negras eram filhas de
escravos e que cuidavam
das crianças...”
A NEGRA, 1923, óleo sobre tela, 100x80 cm.
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, SP.
Este quadro conferiu a Tarsila um lugar pioneiro na arte brasileira. Pela
primeira vez um negro foi mostrado com tal destaque e força. O grande me-
stre francês Fernand Léger, professor de Tarsila na época, quando viu a obra,
ficou fascinado e quis que todos os seus alunos a vissem também.
Texto e imagens retiradas do site da Tarsila oficial
tarsiladoamaral.com.br