Revista Amooreno Edição 11 - DEZ18 | Page 21

Vermelho e preto foram as cores dominantes da coleção. Os vestidos, de diferentes comprimentos e estilos, misturaram o rigor japonês com uma estética mais mediterrânea em pregas, tule, babados, rendas e outras aplicações florais. As roupas mais glamourosas foram atenuadas através um resultado simples. As jovens que vestiram os vestidos suntuosos mostraram as pernas envolvidas em meias que combinavam com saltos altos ou sapatos com laços. Por outro lado, os homens usaram tênis e mostraram um estilo descontraído em elegantes looks monocromáticos, onde as roupas, fluidas e desestruturadas, se destacavam sobre “ton sur ton”. Para criar essa coleção com uma estética contemporânea, o diretor artístico da empresa, Pierpaolo Piccioli, se inspirou no "wabi-sabi", o conceito japonês que valoriza a visão de uma beleza imperfeita. Com delicadeza, o designer passou a reinterpretar os códigos da alta-costura da marca de moda através de um diálogo aberto entre a identidade da Valentino e a cultura japonesa, com uma mistura de romantismo e um toque underground, opulento e minimalista. O resultado foi uma coleção equilibrada e desejável. No dia anterior, a marca de propriedade da empresa de investimentos Mayhoola apresentou uma instalação efêmera, criada especialmente para a ocasião dentro de sua flagship localizada no shopping center de luxo Ginza Six, em Tóquio. O espaço foi transformado em um loja pop up nomeada VLTN TKY. O projeto, que foi concebido por Piccioli com a ex- diretora artística da loja francesa Colette, Sarah Andelman, misturou moda, arte e savoir-faire japonês. A loja pop up vai oferecer até 9 de dezembro uma série de produtos especiais, frutos da colaboração com diferentes marcas japonesas, como o cultuado Yohji Yamamoto, Undercover, e até mesmo o vencedor do prêmio LVMH de 201 8, Doublet. Para a ocasião, também foi criada a coleção- cápsula "Valentino TKY", composta por camisetas, camisetas, bolsas, jeans, jaquetas, entre outros artigos, bem como alguns gadgets, como um abanador e um quimono, vendidos exclusivamente no local. DEZEMBRO 2018 - REVISTA AMOORENO - 21