A EVOLUÇÃO DA ALFAIATARIA
A alfaiataria( masculina ou feminina) é uma arte surgida no final da Idade Média entre os séculos 17 e 18, que atravessou séculos e vem se transformando e evoluindo, ganhando bastante destaque nas mãos de renomados alfaiates. Nos últimos cem anos houve grandes inovações na alfaiataria masculina e feminina, com os aprimoramentos nas máquinas de costura e dos teares, possibilitando a geração de tecidos cada vez melhores e mais confortáveis, o que possibilitou a produção de peças com modelagens impecáveis as quais se adaptam ao estilo de vida moderna, sendo ideal para homens e mulheres que buscam conforto e exclusividade. O traço marcante da alfaiataria é a busca contínua do alfaiate pela perfeição, respeitando sempre as particularidades e medidas de cada cliente. Onde cada peça é confeccionada exclusivamente de acordo com as preferências de cada um, assim, a qualidade fica em primeiro lugar para satisfazer as exigências de clientes que fazem questão de peças sob medida. Atualmente, o termo Alfaiataria também é utilizado para caracterizar roupas, mesmo que industrializada, que apresentam o corte característico das roupas produzidas artesanalmente, com cortes retos e precisos e tecidos clássicos. O alfaiate( Tailleur, em francês) é o profissional especializado que exerce o ofício da Alfaiataria, uma arte que consiste na criação de roupas de forma artesanal e sob medida, ou seja, exclusivamente de acordo com as medidas e preferências de cada pessoa, sem o uso padronizado de numeração préexistente.
Cavalheiros em uma corrida de cavalos vestindo meiofraque, sobretudo, camisa branca por baixo do colete e cartola de seda( 1910).
Esse profissional é considerado um artista, que cria e desenvolve sua arte por meio de suas confecções e com um público extremamente exigente que busca peças exclusivas e com uma excelente qualidade. E, desde então, espalhou-se pelo resto do mundo, com uma importante participação no movimento da moda. Alguns anos atrás era muito comum ver, pelas ruas, homens vestidos no prumo de seus ternos. Eles eram usados tanto no trabalho como fora dele. E não existiam muitas outras opções para o guarda-roupa masculino. As alfaiatarias eram pontos de encontro de empresários, de políticos e de artistas, que eram extremamente fieis aos seus costureiros. E esses, por sua vez, suavam a camisa para deixar a clientela sempre na‘ estica’. Mas a verdade é que esse mercado mudou. O tempo passou, a indústria evoluiu e, hoje, grande parte dos clientes começou a comprar peças prontas. E muitos profissionais que souberam ler esse contexto, mudaram o foco do negócio e investiram na produção em série e tiveram sucesso. Mas, se antes o terno‘ sob medida’ era a estrela do guarda-roupa masculino, agora entra em cena a versatilidade. O movimento de levar às passarelas uma moda exclusivamente masculina deu oportunidade aos estilistas repensarem o guarda-roupa masculino a partir do lifestyle, mas sem tirar o espaço da alfaiataria.
32- REVISTA AMOORENO- ABRIL 2018