O desafio que se propõe a Itália, durante a próxima década, é conseguir
responder de forma adequada e eficaz à complexa dinâmica ambiental e social,
mantendo no mesmo nível a competitividade dos sistemas de produção. No
entanto, para que ocorra esta mudança de paradigma é necessário fomentar uma
nova política industrial com base na sustentabilidade e na inovação, capazes de
aumentar a competitividade da indústria italiana, adverte o governo.
ITÁLIA APOSTA NA ECONOMIA CIRCULAR
A ação, recentemente apresentada em Roma pelos ministros do Ambiente e do
Desenvolvimento Econômico, foi realizada no âmbito do projeto “Rumo a uma
Economia Circular para Itália”, que promove a colaboração e a partilha de
conhecimentos como incentivo à implementação de uma produção mais
eficiente e sustentável dos recursos.
Serão desenvolvidos novos modelos de negócio com uma reflexão sobre a
transformação de desperdícios em recursos com valor acrescentado e nos
investimentos que serão necessários fazer em novas tecnologias para alavancar a
Indústria 4.0.
Nos últimos 40 anos, a análise do modelo de economia circular evoluiu muito.
Os temas atuais, como a procura de matérias-primas sustentáveis, processos de
produção e design ecológicos, a adoção de uma distribuição amiga do ambiente,
modelos de consumo e o desenvolvimento de mercados secundários tornaram-
se os elementos-chave da economia circular.
Mudar do modelo atual de economia linear para um modelo de economia
circular requer um repensamento da estratégia de mercado e de modelos que
salvaguardem os sectores de competitividade industrial. Num futuro próximo, é
necessário criar e desenvolver sistemas mais eficientes de reutilização e de
reparação de bens, facilitando a manutenção de produtos e aumentando a sua
vida útil, refere o documento.
FEVEREIRO 201 8 - REVISTA AMOORENO - 9