GIG Couture
Rodeada por oficinas mecânicas e revendedoras, a fábrica da
GIG, marca de tricôs mineira, trabalha em ritmo non-stop,
mesmo em tempos de crise. Depois de estrear, no inverno de
201 5, na passarela da Semana de Moda de São Paulo, a grife
vive seu melhor momento: tem 1 9 pontos de venda
internacionais, de St. Barth a Moscou; está nas araras das
mais respeitadas multimarcas nacionais (são 70 endereços ao
todo); e vem aumentando sua presença no varejo (endereços
nos Jardins e no Shopping Iguatemi).
A coleção de inverno da GIG aposta em ótimas peças com
shapes esportivos e estampas que passeiam pelo tropical e o
art déco. São capazes de vestir mulheres do escritório ao fim
de semana, da Arábia Saudita ao Sul do Brasil.
Há quase duas décadas, Gina, que é de Governador
Valadares, se apaixonou pelas técnicas de tricô. Recém
formada em moda, a mineira comprou um pequeno
maquinário e começou a desenvolver peças masculinas. Ao se
voltar para a moda feminina, virou fornecedora de muitas
marcas.
A partir de 2005, vieram o nome GIG, as coleções próprias e
seis desfiles no Minas Trend, antes de chegar à principal
passarela do Brasil.
Apesar do foco no comercial, liberdade é palavra recorrente
na fábrica da GIG, com mais de 40 funcionários. “Minha maior
inspiração vem da escolha dos próprios fios, a construção do
tecido. Nunca fico atada a tendências nem me prendo à
cartela de cores da estação”, explica Gina, que dá espírito
urbano aos seus tricôs autorais, quase sempre estampados,
que conseguem se manter femininos, apesar do ar intelectual.
“É um estilo que hoje agrada a cliente teen e a senhora sóbria;
a mulher minimalista e a colorida”, completa, mostrando que a
grife encontrou seu ponto certo na moda.
6 - REVISTA AMOORENO - MAIO 2019