Revista Amooreno EDIÇÃO 16 - MAI19 | Page 6

GIG Couture Rodeada por oficinas mecânicas e revendedoras, a fábrica da GIG, marca de tricôs mineira, trabalha em ritmo non-stop, mesmo em tempos de crise. Depois de estrear, no inverno de 201 5, na passarela da Semana de Moda de São Paulo, a grife vive seu melhor momento: tem 1 9 pontos de venda internacionais, de St. Barth a Moscou; está nas araras das mais respeitadas multimarcas nacionais (são 70 endereços ao todo); e vem aumentando sua presença no varejo (endereços nos Jardins e no Shopping Iguatemi). A coleção de inverno da GIG aposta em ótimas peças com shapes esportivos e estampas que passeiam pelo tropical e o art déco. São capazes de vestir mulheres do escritório ao fim de semana, da Arábia Saudita ao Sul do Brasil. Há quase duas décadas, Gina, que é de Governador Valadares, se apaixonou pelas técnicas de tricô. Recém formada em moda, a mineira comprou um pequeno maquinário e começou a desenvolver peças masculinas. Ao se voltar para a moda feminina, virou fornecedora de muitas marcas. A partir de 2005, vieram o nome GIG, as coleções próprias e seis desfiles no Minas Trend, antes de chegar à principal passarela do Brasil. Apesar do foco no comercial, liberdade é palavra recorrente na fábrica da GIG, com mais de 40 funcionários. “Minha maior inspiração vem da escolha dos próprios fios, a construção do tecido. Nunca fico atada a tendências nem me prendo à cartela de cores da estação”, explica Gina, que dá espírito urbano aos seus tricôs autorais, quase sempre estampados, que conseguem se manter femininos, apesar do ar intelectual. “É um estilo que hoje agrada a cliente teen e a senhora sóbria; a mulher minimalista e a colorida”, completa, mostrando que a grife encontrou seu ponto certo na moda. 6 - REVISTA AMOORENO - MAIO 2019