Interior da Rebag/Reprodução
Os valores estão mudando e a ascensão da economia
compartilhada também tem ajudado. Isso explica porque
roupas e acessórios por aluguel, assinatura e segunda mão
são as três principais categorias de varejo que mais crescem
atualmente.
Os millennials e a geração Z são os maiores consumidores
de Resale, consumindo produtos de revenda 2,5 vezes mais
que as demais faixas etárias. Isso ocorre parcialmente
porque eles preferem usar as tendências mais recentes, o
que significa que as peças da última temporada são
rapidamente inseridas nas lojas de revenda ou em outros
sistemas de economia circular.
O próximo passo é fazer parcerias com designers. A
RealReal (tipo de um brechó de luxo online) saiu na frente no
final de 201 7 ao anunciar uma parceria com Stella
McCartney, a primeira do segmento de luxo que não viu essa
possibilidade com resistência (designers e marcas não
ganham nada nas negociações feitas em sites de revenda). A
estilista encorajou seus clientes a revender as peças que não
usariam mais, evitando que terminassem incineradas em
aterros.
O resultado? Os consignadores de itens Stella McCartney
aumentaram em 65% e a colaboração irá se repetir este ano.
“Passar da redução do impacto ambiental negativo para um
impacto positivo requer que todos nós mudemos nossa
mentalidade e busquemos soluções que tornem a moda
circular e eliminem o desperdício”, disse a estilista.
De fato, há muitas compras de oportunidades nos sites de
revenda. É apenas uma questão de tempo para que esse
negócio ganhe o mercado por completo. A expectativa é que
aqui a 1 0 ou 1 5 anos, esse tipo de compra se torne padrão.
ABRIL 2019 - REVISTA AMOORENO - 9