Revista Advocacia Edição nº 02, ano I | Page 25

EXPERIÊNCIA FORA DA SALA DE AULA Workshop prepara alunos para lidar com o PJe A prática jurídica tem papel crítico na formação dos acadêmicos do curso de Direito. Principalmen- te quando o tema a ser estudado é o que há de mais moderno e atual no processamento da jus- tiça brasileira. Ciente disso, a 2ª Subseção da OAB-ES, em parce- ria com a coordenação do curso de Direito do Centro Universitá- rio São Camilo, realizou no mês de outubro uma oficina com aula prática sobre o Processo Judicial eletrônico (PJe) para 97 alunos da instituição de ensino superior. Desde 2006, quando entrou em vigor a lei nº 11.419, que dis- põe sobre a informatização do processo judicial, o Poder Judi- ciário iniciou sua informatização, com a implantação do PJe em 2011. Hoje, saber operar e nave- gar pelos sistemas não é apenas uma opção, mas condição obrigatória para a prá- tica da advocacia. No Espírito Santo, por exemplo, os Juizados Especiais Cíveis, a Justiça do Trabalho e a Justiça Federal já operam, para novos processos, por meio de PJe. A ideia da parceria entre a 2ª Subseção e a São Camilo, concebida pela coordenadora do curso de Direito do centro universitário, Aline Giuri Araújo, teve como objetivo tanto a aprendizagem sobre o tema quanto a realização de uma aproximação entre os alunos-estagiários do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) e a OAB Cachoeiro de Itapemirim. “O evento possibilitou aos discentes, não apenas o aprofundamento no assunto, como também, o des- pertar de um novo olhar para as transformações tra- zidas por meio do PJe. Viabilizou, ainda, o acesso a informações e troca de experiências entre advo- gados e discentes, com condições propícias à análise, reflexão e in- tegração entre a teoria e a prática relacionada ao assunto abordado”, comenta Aline. A iniciativa foi tão produtiva que a 2ª Subseção tenciona estendê-la aos acadêmicos das outras duas instituições que ofertam o curso de Direito em Cachoeiro de Itape- mirim. “Queremos formalizar a parceria, do mesmo modo, com a FDCI e a Multivix porque, inde- pendente da instituição, entende- mos ser necessário ao acadêmico, caminhando para o final do curso, este contato ainda na faculdade. O processo judicial eletrônico é uma realidade que veio para ficar. Podemos fazer críticas técnicas sobre de- terminados aspectos, mas precisamos nos adaptar. E o aluno precisa estar preparado”, assevera o presi- dente Adílio Domingos dos Santos Neto. Como a disposição por parte da OAB já existe, o acesso de novas turmas ao curso vai depender ape- nas que as faculdades organizem seu cronograma e formalizem o pedido junto à subseção. ADVOCACIA 25