Comunidade em Ação
Associação Nossa Casa de Acolhida
Sob a presidência de Padre Bernardo, entidade acolhe
portadores do HIV e seus familiares
Por Fernanda Albuquerque
Eles
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perceberam a necessidade de um trabalho
humano-afetivo e social, ao ver que muitos portadores do
HIV internados no antigo Hospital Vicentina Aranha não
tinham para onde ir após o fim do tratamento e tão menos
qualquer apoio humano e social. Nesta mesma época, a
CNBB muito se preocupava com o alto índice de pessoas
portadoras do HIV/AIDS que enfrentavam o preconceito e
a partir desta problemática, que também se tornava um
sofrimento, propôs a criação de um espaço especializado
para o acolhimento, orientação e apoio àqueles que
buscavam a recuperação da saúde e da dignidade.
Há 20 anos, quando o vírus do HIV ainda era uma
novidade para a maioria da população, que ainda se
acostumava a falar sobre isso e pouco tinham de
informações precisas sobre ele, uma iniciativa em São
José dos Campos começava a desenvolver um projeto
inovador. A Associação Nossa Casa de Acolhida nasceu
do sonho desafiador de um grupo de pessoas que
participavam da Pastoral da Saúde de nossa diocese, sob
o comando do Padre Djalma de Siqueira Lopes. Eles
perceberam a necessidade de um trabalho humanoafetivo e social, ao ver que muitos ex-internados dos
hospitais de nossa cidade não tinham para onde ir após o
fim do tratamento, em uma reunião deste grupo com o
então bispo diocesano dom Nelson, foi apresentado uma
proposta para criação desta casa e o mesmo disse que
Crédito: Adriano Washington
em nossa cidade já havia o Vicentina Aranha que acolhida
este público. Nesta mesma época, a CNBB estava
preocupada com o alto número de pessoas portadoras do
HIV/AIDS que enfrentavam o preconceito e que, a partir
dessa problemática, também se tornava um sofrimento,
propôs a criação de um espaço especializado para o
acolhimento, orientação e apoio àqueles que buscavam a
recuperação de sua saúde e da dignidade.
Desde então, o projeto comandado pela Diocese de São
José dos Campos adquiriu forças e hoje conta com a
credibilidade da população e dispõe de títulos que uma
entidade de seriedade deve ter: Utilidade Pública
Municipal, Estadual e Federal, além do certificado de
filantropia e do Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente. Está situado em espaço
próprio, atuando como uma casa de convivência, conta
com 21 profissionais (psicólogas, nutricionista,
psicopedagoga, assistentes sociais, entre outros) e
dispõe ainda de 40 voluntários, que contribuem
(eventualmente) diariamente para acolher (com muito
amor e uma doação sem igual) 150 famílias de
portadores do HIV/Aids, aproximadamente 700 pessoas
para diversas ações.
A entidade, consciente do quão é importante um trabalho
firmado em conjunto com empresas, comércio e
população, para o sucesso de todo projeto, se abre e
busca parcerias para a manutenção das ações diárias,
tanto de ações específicas, direcionados aos
beneficiários e aos seus familiares, como na estrutura da
entidade (construção de novos ambientes, reformas,
adequações, e outros).
A missão da Casa de Acolhida é sob a ótica cristã,
promover a dignidade das pessoas que vivem com
HIV/AIDS, bem como as que dela cuidam. Para participar
dos projetos desenvolvidos pela entidade, os portadores
do vírus precisam ser cadastrados e atender aos três
pré-requisitos: ser portador do vírus, ter renda familiar
baixa e ser aderente ao tratamento desenvolvido
paralelamente pelo SUS, através do programa municipal
DST/Aids. A entidade funciona em parceria com
convênios junto ao Poder Público (60% das verbas) e
conta com a generosidade de amigos e da população em
geral, que realiza doações em dinheiro (40% das verbas).
A entidade, consciente do quão é importante um trabalho
firmado em conjunto com empresas, comércio e
população para o sucesso do projeto, se abre e busca
parcerias para manutenção das ações diárias, tanto de
ações específicas, direcionados aos beneficiários e aos
seus familiares, como na estrutura da entidade
(construção de novos ambientes, reformas, adequações,
entre outros).
Na Casa de Acolhida procuramos transmitir às pessoas
palavras que as motivem a não desistir da vida,
oferecendo um suporte técnico, composto de pessoas
capacitadas a ajudar tanto na área social, quanto afetiva e
humanitária. A vida é um Dom de Deus, toda vida tem seu
valor e nossa missão é ajudar cada um, bem como seus
familiares, para que tenham a melhor qualidade de vida
possível”, revelou.
A diretoria da Casa de Acolhida é formada por
voluntários, sendo presidida por um sacerdote
diocesano, garantindo o amparo espiritual e visando
apoio e acompanhamento humano, cristão e diocesano.
Desde outubro de 2013, padre Djalma nomeou para a
presidência o padre Bernardo Oliveira, que se sentiu
lisonjeado ao ser convidado a contribuir com uma causa
tão nobre. “Fiquei honrado com esse convite. Não