Revista Abril - 2014 | Page 6

Comunidade em Ação Associação Nossa Casa de Acolhida Sob a presidência de Padre Bernardo, entidade acolhe portadores do HIV e seus familiares Por Fernanda Albuquerque Eles 06 perceberam a necessidade de um trabalho humano-afetivo e social, ao ver que muitos portadores do HIV internados no antigo Hospital Vicentina Aranha não tinham para onde ir após o fim do tratamento e tão menos qualquer apoio humano e social. Nesta mesma época, a CNBB muito se preocupava com o alto índice de pessoas portadoras do HIV/AIDS que enfrentavam o preconceito e a partir desta problemática, que também se tornava um sofrimento, propôs a criação de um espaço especializado para o acolhimento, orientação e apoio àqueles que buscavam a recuperação da saúde e da dignidade. Há 20 anos, quando o vírus do HIV ainda era uma novidade para a maioria da população, que ainda se acostumava a falar sobre isso e pouco tinham de informações precisas sobre ele, uma iniciativa em São José dos Campos começava a desenvolver um projeto inovador. A Associação Nossa Casa de Acolhida nasceu do sonho desafiador de um grupo de pessoas que participavam da Pastoral da Saúde de nossa diocese, sob o comando do Padre Djalma de Siqueira Lopes. Eles perceberam a necessidade de um trabalho humanoafetivo e social, ao ver que muitos ex-internados dos hospitais de nossa cidade não tinham para onde ir após o fim do tratamento, em uma reunião deste grupo com o então bispo diocesano dom Nelson, foi apresentado uma proposta para criação desta casa e o mesmo disse que Crédito: Adriano Washington em nossa cidade já havia o Vicentina Aranha que acolhida este público. Nesta mesma época, a CNBB estava preocupada com o alto número de pessoas portadoras do HIV/AIDS que enfrentavam o preconceito e que, a partir dessa problemática, também se tornava um sofrimento, propôs a criação de um espaço especializado para o acolhimento, orientação e apoio àqueles que buscavam a recuperação de sua saúde e da dignidade. Desde então, o projeto comandado pela Diocese de São José dos Campos adquiriu forças e hoje conta com a credibilidade da população e dispõe de títulos que uma entidade de seriedade deve ter: Utilidade Pública Municipal, Estadual e Federal, além do certificado de filantropia e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Está situado em espaço próprio, atuando como uma casa de convivência, conta com 21 profissionais (psicólogas, nutricionista, psicopedagoga, assistentes sociais, entre outros) e dispõe ainda de 40 voluntários, que contribuem (eventualmente) diariamente para acolher (com muito amor e uma doação sem igual) 150 famílias de portadores do HIV/Aids, aproximadamente 700 pessoas para diversas ações. A entidade, consciente do quão é importante um trabalho firmado em conjunto com empresas, comércio e população, para o sucesso de todo projeto, se abre e busca parcerias para a manutenção das ações diárias, tanto de ações específicas, direcionados aos beneficiários e aos seus familiares, como na estrutura da entidade (construção de novos ambientes, reformas, adequações, e outros). A missão da Casa de Acolhida é sob a ótica cristã, promover a dignidade das pessoas que vivem com HIV/AIDS, bem como as que dela cuidam. Para participar dos projetos desenvolvidos pela entidade, os portadores do vírus precisam ser cadastrados e atender aos três pré-requisitos: ser portador do vírus, ter renda familiar baixa e ser aderente ao tratamento desenvolvido paralelamente pelo SUS, através do programa municipal DST/Aids. A entidade funciona em parceria com convênios junto ao Poder Público (60% das verbas) e conta com a generosidade de amigos e da população em geral, que realiza doações em dinheiro (40% das verbas). A entidade, consciente do quão é importante um trabalho firmado em conjunto com empresas, comércio e população para o sucesso do projeto, se abre e busca parcerias para manutenção das ações diárias, tanto de ações específicas, direcionados aos beneficiários e aos seus familiares, como na estrutura da entidade (construção de novos ambientes, reformas, adequações, entre outros). Na Casa de Acolhida procuramos transmitir às pessoas palavras que as motivem a não desistir da vida, oferecendo um suporte técnico, composto de pessoas capacitadas a ajudar tanto na área social, quanto afetiva e humanitária. A vida é um Dom de Deus, toda vida tem seu valor e nossa missão é ajudar cada um, bem como seus familiares, para que tenham a melhor qualidade de vida possível”, revelou. A diretoria da Casa de Acolhida é formada por voluntários, sendo presidida por um sacerdote diocesano, garantindo o amparo espiritual e visando apoio e acompanhamento humano, cristão e diocesano. Desde outubro de 2013, padre Djalma nomeou para a presidência o padre Bernardo Oliveira, que se sentiu lisonjeado ao ser convidado a contribuir com uma causa tão nobre. “Fiquei honrado com esse convite. Não