NOTÍCIAS ABREVIS
A SEGURANÇA PRIVADA E
AS ARMAS DE FOGO NO PAÍS
crime. Um, que cada vez mais os fóruns,
que armazenam as armas apreendidas tam-
bém, estão sendo invadidos e centenas de
armas são levadas. E outra, a entrada do
armamento pelas fronteiras do nosso país.
Isto porque temos uma fronteira maríti-
ma de mais de 7 mil quilômetros e mais de
16 mil de fronteira terrestre, fazendo divi-
sa com 10 países.
Por mais que a Policia Federal tenha a
missão de combater o contrabando e o des-
caminho pelas nossas fronteiras, sabemos
que é impossível pela dimensão da frontei-
ra, mesmo considerando o efetivo da Poli-
cia Federal em todo o território Brasileiro.
A ABREVIS vem recomendando siste-
maticamente à Polícia Federal que faça a
apreensão das armas das empresas de se-
gurança em situações precárias ou em vias
de fechamento e as mantenham seguras
sob sua custódia, até que a empresa se re-
segura.
H
á um tempo, a ABREVIS teve
acesso a uma pesquisa do Insti-
tuto Sou da Paz, que abordou a
origem das armas no país e como
elas vão parar nas mãos dos bandidos. Um
dos dados dessa pesquisa que chamou
atenção é que a arma
mais usada nos roubos, a
que mais mata o brasilei-
ro, é o revólver 38.
O levantamento in-
cluiu as armas apreendidas em quatro es-
tados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito
Santo e Minas Gerais. A base das infor-
mações foram os boletins de ocorrência.
As armas de calibres curtos são as mais
apreendidas, 77%. O principal é o revólver
calibre 38, com quase 30% e esta é a arma
mais usada pelas empresas de segurança
no país.
Realmente, não podemos deixar de
lado que recentemente tivemos mais um
José Jacobson Neto, presidente da ABREVIS
caso de roubo de armas de uma empresa
de Segurança Privada. A empresa vinha
funcionando de forma precária por causa
sala de armas, os ladrões praticamente ar-
rancaram uma porta-cofre da parede. Ela
foi arrombada. Lá dentro
cada uma em um caixi-
lho de uma prateleira.
Os ladrões levaram di-
versos revolveres, duas espingardas e uma
pistola.
Entretanto, jamais podemos jogar a
responsabilidade das armas nas mãos dos
bandidos única e exclusivamente às em-
presas de segurança privada, pelo con-
trário, as empresas têm adotado cada vez
mais tecnologias para evitar esse tipo de
roubo.
Há de se considerar outros dois fatores
que facilitam a chegada do armamento ao
a segurança dos fóruns, que armazenam
grandes quantidades de armas de fogo,
além de mapear os principais locais de
penetração das armas pelas fronteiras, au-
frágeis para coibir este tipo de situação,
impedindo, assim, que estas armas che-
guem às mãos dos criminosos. ■
Victor Saeta de Aguiar,
vice-presidente da ABREVIS
Revista SESVESP
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