EDITORIAL SEMEESP
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ESCOLTA ARMADA: UM SETOR EM TRANSFORMAÇÃO QUE EXIGE SERIEDADE E EXCELÊNCIA
O mercado de Escolta Armada no Brasil passa por um processo notável de transformação. Impulsionadas por um contratante cada vez mais exigente e criterioso, as empresas do setor têm se visto diante de um desafio inadiável: inovar ou desaparecer. Já não basta ostentar um bom discurso comercial ou presença nas redes sociais— é preciso comprovar, na prática, a excelência da operação. Transportadoras, embarcadores e empresas de gerenciamento de risco têm adotado uma postura mais técnica e objetiva ao avaliar suas parcerias com Escoltas Armadas. Não são raras as visitas presenciais às bases e filiais para validar o que foi prometido em propostas e materiais institucionais. O que se observa, então, é uma mudança de paradigma: a propaganda cede lugar à auditoria, e a imagem precisa estar à altura da entrega. Nesse cenário, são diversos os critérios levados em conta pelos contratantes. Ter autorização de funcionamento da Polícia Federal, estar em dia com a revisão, ser associado ao sindicato patronal( SEMEESP), possuir o Selo de Escolta Armada( SEA), contar com infraestrutura bélica adequada e sistemas redundantes de segurança e conectividade, são apenas alguns dos aspectos mínimos esperados de uma empresa que deseje competir com seriedade. Soma-se a isso a postura frente a sinistros, o uso de inteligência operacional e a capacidade de resposta 24 horas— todos pontos que demonstram a maturidade e o preparo da prestadora. A recente promulgação da Lei 14.967 / 2024 reforça ainda mais essa tendência de profissionalização. Ela impõe um novo marco regulatório para o setor, exigindo atualização constante, investimento em tecnologia, capacitação de pessoal e melhoria contínua nos processos internos. Como resultado, apenas as empresas realmente comprometidas com a segurança pública e com a qualidade dos serviços têm condições de se manter relevantes no mercado.
Para quem contrata, essa evolução representa alívio e segurança. Ao verificar de forma rigorosa as condições da empresa de escolta, reduz-se consideravelmente a margem para falhas operacionais, desvios de conduta e prejuízos logísticos. E, num setor em que a confiança é tão valiosa quanto a carga protegida, não há espaço para amadorismo.
Autair Iuga- Fundador e atual Presidente do SEMEESP, Presidente do Grupo Macor, Vice-presidente da Fenavist, Abseg e 2 º Vice Presidente SESVESP, Diretor Abrevis.
( Conteúdo de responsabilidade de entidade que publica o texto)
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