Revista 161 | Page 10

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combate à clandestinidade e as ações de fiscalização da Delegacia de Controle de Segurança Privada ( Delesp ) da Polícia Federal foram foco de um seminário conjunto entre o Sindicato das Empresas de Segurança Privada , Segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo ( SESVESP ) e a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo . O seminário apresentou palestras para discutir a situação da segurança privada no Estado de São Paulo , contando ainda com o convite ao presidente da Federação Nacional de Empresas de Segurança e Transportes de Valores ( FE- NAVIST ), Jeferson Furlan Nazário , para debater a questão nacional do setor e a tramitação do novo Estatuto de Segurança , em discussão no Senado Federal . O delegado regional executivo da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo , Rodrigo Luis Sanfurgo de Carvalho , destacou na abertura do seminário a oportunidade da troca de experiências entre o setor e a PF . “ Nós , responsáveis pela fiscalização e a regulação por este lado demonstramos nossa experiência e a necessidade de trocarmos ideias para constante aprendizado . Queremos ouvi-los para entender como cada vez mais podemos executar nossas tarefas sempre visando a eficiência e a celeridade para cumprir nosso objetivo ”, afirmou . O seminário organizado em São Paulo pode ser estendido a outros estados . A ideia é ampliar o alcance da parceria com a Polícia Federal entre a FENAVIST e os demais sindicatos patronais . O delegado federal Dr . Licínio Nunes de Moraes Netto , coordenador-geral de Controle de Serviços e Produtos da Superintendência da Polícia Federal em Brasília , destacou a importância da aproximação entre o órgão regulador e o órgão regulado com a realização do seminário na Superintendência da PF em São Paulo . “ A integração é muito importante . As empresas de segurança privada são organismos importantes para toda composição da segurança pública ”, disse . O SESVESP lançou uma cartilha com orientações e a legislação do segmento do setor de segurança privada para orientar o mercado durante a contratação . “ O espirito é instruir , sendo uma ferramenta na luta contra a clandestinidade ”, disse o presidente João Palhuca .
“ O seminário solidifica a parceria entre o sindicato e a PF ao promover um mercado saudável e cumpridor das leis , com uma fiscalização rigorosa e contínua da Polícia Federal ”, destacou o presidente do SESVESP .
GESTÃO PROFISSIONALIZADA E ANSEIO PELO NOVO ESTATUTO DA SEGURANÇA PRIVADA O delegado federal Dr . Licínio Nunes de Moraes Netto , coordenador-geral de Controle de Serviços e Produtos da Polícia Federal , destacou que uma portaria , em discussão no Ministério da Justiça , está para ser editada em virtude da falta de aprovação do novo Estatuto da Segurança Privada , em tramitação há mais de uma década no Congresso Nacional . “ A Polícia Federal entende o anseio do setor , mas infelizmente estamos presos ao limite da lei 7.102 , de 1983 . A portaria 3233 , criada há mais de 10 anos , está sem alterações . Criamos um grupo de trabalho no MJ , ouvindo os segmentos . Teremos novidades , mas não podemos inovar muito , pois temos nosso limite legal ”, ponderou . O coordenador-geral da PF apoia a aprovação do novo Estatuto da Segurança Privada , destacando que o setor necessita ter uma nova lei . “ Uma legislação que nos permita inovar . A atividade é extremamente sensível , típica do Estado e que foi delegada uma parcela ao particular e precisa ter este controle estatal . A lei 7.102 não foi uma boa lei , pois não pensou no combate à clandestinidade . Não traz nenhuma aplicação legal e ficamos de mãos atadas para atuação ”, ressaltou . Mesmo com as brechas da lei em vigor , o delegado destacou o papel da instituição como responsável para prestar um serviço de qualidade , que preza pelo interesse e relevância econômica do setor privado das empresas de segurança . “ Atuamos com celeridade e com uniformidade dos processos de modo igual em todas as regiões ”. De acordo com o delegado , o seminário em conjunto demonstra o interesse da corporação em manter a capacitação constante da polícia administrativa da PF . “ A aproximação começa a dar fruto . A PF não tem interesse em lavrar auto de infração . Temos interesse em nos aproximar , orientar e a multa é sempre o último recurso ”, destacou .
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