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RETROSPECTIVA CBKW
JULHO - 2018
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LEGADO
Apesar de todas as nuances pelas quais o evento pos-
sa ser abordado, cabe à CBKW uma análise objetiva
da importância desta competição para o Wushu no
país e um levantamento do legado que a realização
deste evento deixa.
A análise de todo o evento pode ser dividida em três
elementos principais: A oportunidade de vivenciar
um evento desta magnitude de maneira mais acessí-
vel; o amadurecimento com a experiência adquirida
na realização de um evento de tamanho porte; e a
estrutura e equipamentos adquiridos.
O primeiro aspecto talvez tenha sido a principal moti-
vação para a empreitada, permitir que os brasileiros
pudessem viver de perto um Mundial Júnior signifi-
cava propiciar a centenas de praticantes de Wushu
uma oportunidade que seria impossível para a gran-
de maioria em outro contexto. O contato imediato
com uma competição de tal nível oferece oportuni-
dade para amadurecimento da compreensão técni-
ca do esporte. A expectativa é que esse intercâmbio
reflita na atuação de dirigentes, treinadores e atle-
tas que tenham tido seu primeiro contato com uma
competição deste porte. O desenvolvimento técnico
de um atleta se dá dentre muitos fatores, pelo nível
de exigência e referências técnicas, e estes dois ele-
mentos foram seguramente elevados após o contato
tão próximo com o Mundial Júnior.
Se propiciar a mais pessoas o contato com esse cená-
rio foi o motor, os demais aspectos foram a inevitável
e grata consequência. Estar no cerne da organização
de um evento tão grandioso e com os altos padrões
estabelecidos pela IWUF é um tremendo choque de
realidade. Choque este que fez com que todos os en-
volvidos fossem apresentados a novas demandas a
todo momento, reorganizassem a forma de pensar
e aprendessem novas maneiras de lidar com as ne-
cessidades do evento. O amadurecimento de todos
os envolvidos foi inevitável, e o aprendizado segura-
mente refletirá na organização dos eventos nacionais
e quaisquer outros eventos que o Brasil venha a se-
diar.
Enquanto os dois primeiros tratam de temas difíceis
de se mensurar, o ganho em estrutura é óbvio e quan-
tificável. O Brasil ganhou no ano passado uma plata-
forma oficial de Sanda já visando a realização deste
evento. Às vésperas do evento foram mais duas áreas
oficiais de competição de Taolu, todo o equipamen-
to de proteção de Sanda e o material de mesa para
arbitragem de Sanda. Além dos materiais oficiais, no
processo foram adquiridos diversos outros materiais
como estrutura de placas publicitárias, tatames e for-
ração para ginásio. Estrutura que elevará o padrão
dos eventos nacionais daqui por diante.
O patrimônio tem valor de milhares de dólares e foi
adquirido sem onerar a CBKW. Além do valor fi- nan-
ceiro, a Federação de Wushu do Distrito Federal está
em negociações avançadas para estabelecer na UnB o
segundo centro de treinamento nacional de Wushu,
fazendo uso de parte dos bens adquiridos dentro da
estrutura física da universidade, em mo- delo similar
à parceria de sucesso com a Unicamp e prosseguin-
do o projeto da CBKW de estabelecer cen- tros de
treinamento nas diversas regiões do país. Um centro
de treinamento em Brasília não beneficiará apenas
os atletas da cidade, mas atenderá outras re- giões
do país.
Enfim, se o sucesso do Mundial Júnior já era eviden-
te pelo bom andamento e boa saúde financeira da
CBKW após o evento, é notório que os benefícios
estendem-se muito além do evento em si, deixando
um legado capaz de transformar o Wushu no país nos
próximos anos. A CBKW há de continuar trabalhando
para que tudo isso seja direcionado para um avanço
cada vez mais mais significativo do Wushu no Brasil.
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