Resumo Público PGF Altri Florestal Oct 2013 | Page 17
Resumo Público do Plano de Gestão Florestal
As medidas de gestão das áreas de conservação são definidas com base nos valores
neles presentes (prováveis ou comprovados) e nas orientações provenientes de fontes
como PSRN2000, Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal, entre outros.
Na elaboração de projetos de florestação de maior dimensão ou com condicionantes (por
exemplo nas áreas integradas no Sistema Nacional das Áreas Classificadas), é avaliada a
oportunidade de estabelecer novas áreas de conservação, nomeadamente através de zonas
de descontinuidade ou corredores ecológicos.
Para cada uma das 20 Áreas Classificadas com áreas sob gestão da Altri Florestal, foram
elaborados Planos de Gestão da Biodiversidade, acompanhados e validados pelo ICNF
8. Monitorização
8.1 CONTROLO DE PRAGAS, DOENÇAS E INFESTANTES
As principais pragas do Eucalyptus globulus capazes de causar danos significativos nos
povoamentos da Altri Florestal, são o gorgulho (Gonipterus platensis) e a broca do
eucalipto (Phoracantha spp.).
Gonipterus platensis é um inseto fitófago, que se alimenta preferencialmente de folhagem
recente, a passar para folha adulta, tanto no estado larvar como no estado adulto Em
casos de populações elevadas, este inseto origina redução importante da área foliar e, por
vezes, perda de dominância apical, conduzindo a atraso no crescimento das árvores e
desvalorização económica da madeira.
Para responder a esta praga, e numa perspectiva de gestão integrada, a Altri Florestal tem
vindo desenvolver, projectos de I&D, com efeitos a médio longo prazo, nas áreas de
melhoramento genético, luta biotécnica e luta biológica com parasitóides alternativos ao
Anaphes nitens, nomeadamente o Anaphes inexpectatus. Adicionalmente, tem desenvolvido
acções de efeito a curto prazo, nomeadamente através da reflorestação com espécies
consideradas menos suscetíveis ao gorgulho, nomeadamente Eucalyptus nitens e em 2011
recorreu-se ao controlo químico nas áreas com um nível de ataque significativo.
Os principais insetos que atacam o tronco do eucalipto são as brocas-do-eucalipto, com
duas espécies presentes em Portugal, P. semipunctata e P. recurva. Estas espécies atacam,
no seu estado larvar, eucaliptos debilitados, o que conduz, em geral, à morte das árvores.
A luta contra P. recurva tem passado pela utilização dos métodos já desenvolvidos para o
controlo de P. semipunctata, nomeadamente a remoção e destruição de árvores atacadas,
o uso de armadilhas de toros.
A monitorização das pragas acima referidas é efectuada através do inventário florestal da
empresa e no caso do Gonipterus é efectuada uma monitorização adicional, pela estrutura
operacional da empresa, no início de cada ano.
A principal doença das folhas do eucalipto em Portugal é a doença das manchas das
folhas do eucalipto e é causada por várias espécies de fungos do género Mycosphaerella.
Atualmente, a doença das manchas das folhas do eucalipto está presente em todo o país,
com maior incidência na região litoral, onde períodos de chuva frequentes, ou mesmo
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