Resumo Público PGF Altri Florestal Oct 2013 | Page 11
Resumo Público do Plano de Gestão Florestal
5. Gestão Florestal
5.1 PRINCIPAIS ESPÉCIES FLORESTAIS
A Altri Florestal gere, com o principal objetivo de produção florestal, três espécies
florestais (eucalipto, pinheiro-bravo e sobreiro).
5.1.1 EUCALIPTO
O Eucalyptus globulus adapta-se a uma grande variedade de situações edafoclimáticas. No
entanto, algumas situações são consideradas limitantes ao seu desenvolvimento.
Assim, e referindo-nos às situações climáticas portuguesas, precipitações inferiores a 600
mm são limitantes ao desenvolvimento. As precipitações mais elevadas e com distribuições
mais regulares ao longo do ano, correspondem aos melhores crescimentos, desde que não
existam outros fatores limitantes como sejam a altitude, temperaturas baixas, as geadas e
os ventos.
Em relação a geadas, são de evitar situações de vales muito abrigados, cujas temperaturas
possam ser negativas, principalmente se estas se repetirem durante alguns dias. As geadas
são fortemente condicionadoras na fase inicial de desenvolvimento das plantas. Situações
com um número de dias de geadas por ano superiores a 40 são de evitar. Em situações
em que a geada constitua um fator limitante, deverá ser utilizada a espécie E. nitens (se
as precipitações forem superiores a 900 mm/ano) ou então híbridos.
Em relação a temperaturas, o desenvolvimento da espécie é fortemente afetado em
situações com temperaturas médias anuais inferiores a 10ºC ou com uma temperatura
média mensal do mês mais frio inferior a 7ºC.
Situações onde são de prever défices hídricos acentuados (mais de 5-6 meses), são de
evitar.
No que respeita à altitude, acima de 600 metros o desenvolvimento do E. globulus é
afetado fundamentalmente devido aos ventos e às baixas temperaturas no Inverno. Acima
desta altitude, deverá ser utilizado o E. nitens.
Em relação a solos, o E. globulus adapta-se a uma grande variedade, com melhores
desenvolvimentos em solos férteis, limo-argilosos, bem drenados. São de evitar solos mal
drenados ou calcários.
5.1.2 PINHEIRO – BRAVO
A área natural do Pinus pinaster é a bacia mediterrânica ocidental, estendendo-se até às
costas atlânticas do Sul de França, Norte de Espanha e Oeste de Portugal. Em Portugal e
de uma maneira geral ocorre em todo o território com relevantes limitações no interior
sul. Desenvolve-se particularmente bem na metade norte do território continental,
especialmente nas regiões de influência atlântica.
Relativamente ao clima, a espécie desenvolve-se nos locais onde a precipitação ronda os
550 a 1200 mm por ano. Quanto à amplitude térmica o intervalo reside entre os 11º a
15ºC de média anual, suportando mal os frios continentais. As folhas novas (agulhas) são
sensíveis às geadas de Primavera.
Página 10